segunda-feira, 10 de novembro de 2014

CULTURA



 A história assiste á construção de um mundo inter-humano. Este mundo construído constitui o ambiente suporte e proteção dos seres humanos e das suas formas de vida, estes organizam sociedades e criam cultura, conferindo ao indivíduo características humanas. 
 A cultura é mais do que uma soma de crenças, artefactos, valores, regras e costumes, esta é uma totalidade onde se conjugam estes diversos elementos materiais e simbólicos.  Todos estes elementos, simbólicos e materiais, encontram-se organizados de forma dinâmica no todo cultural, isto é, mudam e influenciam-se mutuamente a cada momento.  
 É fundamental ter em conta a dimensão social e cultural para que possamos compreender os seres humanos e a forma como se comportam.
 Para além de produtos da cultura, o ser humano também é o seu produtor. A forma como pensamos, nos comportamos, o que escolhemos, as opções que tomamos fazem parte da cultura em que estamos integrados, da sua construção, transmissão e transformação. A influência entre processos psicológicos e a cultura é mútua, dinâmica e permanente. 
 A sociedade está associada à cultura através das normas, estando essa divida em grupos sociais, como família, amigos, empresas, escolas, hospitais entre outras.

 A cultura é tudo o que o homem acrescenta à Natureza e não existe nela. 

Anabela Freitas

sábado, 8 de novembro de 2014

A socialização


Todos os indivíduos quando nascem são considerados seres biológicos e não propriamente seres humanos, aprendem a ser humanos quando interagem com os pais e com as pessoas que o rodeiam para adquirir a cultura, que é tudo o que o Homem acrescenta à Natureza e não existe nela.  
Chama-se então socialização ao processo pelo qual o individuo, no sentido biológico, é integrado numa sociedade, sendo através dela que o individuo adquire hábitos que o tornam capaz de viver numa sociedade, então a socialização é a aquisição de hábitos característicos de um grupo social (família, amigos, escola, empresa, etc.) através do qual o individuo se torna um membro funcional de uma comunidade.
A socialização implica a adaptação de certos padrões culturais existentes na sociedade. Considera-se, geralmente, dois tipos de socialização: a primária e a secundária.  
A socialização primária tem um valor primordial para o individuo, deixando marcas profundas na sua vida, sendo essencial na construção do seu carácter. É aqui que a criança aprende a interiorizar a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os comportamentos do grupo a que pertence.
A socialização secundária é o processo que submete um individuo já socializado em novos setores, do mundo da sua sociedade (escola, grupo de amigos, trabalho, etc.).
Consideram-se então os mecanismos de socialização como sendo, a aprendizagem, através do qual são incutidos no individuo os valores e as regras sociais; a imitação, que consiste na cópia dos comportamentos observados pelo individuo e a identificação, que processa-se quando o individuo se identifica com outra pessoa que desempenha determinados papéis no nosso quotidiano e essa identificação faz com que o individuo adquira, progressivamente, esses mesmos papéis. 
Conclui-se então que a socialização é o processo pelo qual o individuo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos, sendo através da socialização que o individuo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.   

                                                                                                              Ana Silva 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A relação mãe e filho


O ser vivo depende totalmente da mãe durante o seu desenvolvimento, é quem satisfaz todas as suas necessidades, entre elas está a protecção, conforto, amor. Cria-se um laço muito intenso e íntimo, um vínculo que nos marcará para toda a vida. O que nos irá influenciar no nosso comportamento. A relação mãe e filho começa logo na gestação e prolonga-se pós-parto. Chama-se a esta relação vinculação, que é a relação que desenvolvem. É um apego, a necessidade humana inata para formar laços afectivos.
Esta formação do vínculo passa por passos simples: planeamento da gravidez, consciencialização dos movimentos do feto, idealização, comunicar com o bebé, dar um nome, trabalho de parto, nascimento, ver o bebé, tocá-lo, cuidar dele, amamentá-lo.
A amamentação é muito importante para o bebé, isto porque atende todas as necessidades nutricionais, imunológicas e psicológicas do recém-nascido. Os estudos mostram também que os bebés com um período normal de amamentação tornam-se mais seguros, confiantes, independentes, inteligentes. Com um período crescente da amamentação está associada a um coeficiente intelectual aumentado, e um desempenho superior em testes estandardizados. Isto porque subscrevem a teoria de que as gorduras insaturadas encontradas no leite humano são importantes para o crescimento do cérebro e do sistema nervoso.
Crianças amamentadas são mais ajustadas socialmente. Mamar durante a infância ajuda os bebés a fazer uma transição gradual no desenvolvimento da sua personalidade individual e maturidade; um desmame precoce, forçado, pode realmente impedir as necessidades emocionais de dependência no desenvolvimento, retardando assim a independência da criança.
Em muitas culturas os bebés mamam até aos 3/4 anos de idade, enquanto que na nossa cultura é indicado o desmame no primeiro ano de vida pois o peito está associado a um estímulo sexual além disso os médicos acham que a amamentação prolongada vai interferir com o apetite da criança para outros alimentos, no entanto nenhum estudo comprova isso.
E claro, uma maior aproximação com a mãe. O contacto da pele entre mãe e filho, estimula a hormona prolactina que pode aumentar os sentimentos maternais e protecção em relação ao filho.

Sara Lopes

O que distingue o homem dos outros animais?



     "Todos sabemos que somos animais da classe dos mamíferos, da ordem dos
primatas, da família dos hominídeos, do género homo, da espécie sapiens, que o nosso
corpo é uma máquina com trinta milhões de células, controlada e procriada por um
sistema genético que se constituiu no decurso de uma longa evolução natural de 2 a 3
biliões de anos, que o cérebro com que pensamos, a boca com que falamos, a mão com
que escrevemos, são órgãos biológicos, mas este conhecimento é tão inoperante como
o que nos informa que o nosso organismo é constituído por combinações de carbono,
de hidrogénio de oxigénio e de azoto.
     Admitimos, desde Darwin, que somos filhos de primatas, embora não nos
consideremos primatas. Convence-mo-nos de que, descendentes da árvore genealógica
tropical em que vivia o nosso antepassado, dela nos escapamos para sempre, para
construirmos, fora da natureza, o reino independente da cultura."
                                                                                     EDGAR MORIN "A NATUREZA HUMANA"

    É claramente visível que EDGAR MORIN define o homem como um ser biocultural, isto é, um ser que para além da sua componente biológica, característica de todos os animais, apresenta também uma componente cultural. Isto diz nos que todos os atos humanos (comer, dormir, acasalar, pensar,...) são bioculturais.
    O homem é considerado um ser totalmente biológico, devido à sua descendência dos primatas/mamíferos, descendência essa comum a todos os animais. Outra característica em comum é a ligação entre a mãe e filho, observando se nessa todo o amor, carinho e ternura existentes. Todos estes seres têm também o instintos de defesa e o instinto sexual, essenciais à sua sobrevivência.
     O homem distingue-se dos outros animais porque é um ser totalmente cultural, pois esta característica não nasce com ele, é pois adquirida em sociedade, variando de etnia para etnia, de país para país, podendo ser conseguida pela experiência de vida ou ensinada pelo grupo de pessoas com quem socializamos. É através dela que o indivíduo abre a sua mente e resolve de forma mais rápida e eficaz os seus problemas, tornando-o dessa forma num ser diferente.
     Concluindo, a cultura é o clímax da nossa espécie, pois é através dela que nos distinguimos dos outros animais, porque a nível biológico podemos-nos considerar todos iguais.

                                                                                                                                 Ana Rita Araújo



terça-feira, 4 de novembro de 2014

Quem sou eu?
Como me tornei no que sou?                                                                                                                                                            

Ate os dias de hoje ainda ninguém conseguiu responder a estas duas grandes questões, pois é, desde a primeira vez que estas surgiram no pensamento humano à milhões de anos atrás ainda não houve ninguém a conseguir uma resposta universal e concreta a nenhuma delas.

Para entendermos os inícios de nosso “eu” teríamos de voltar atrás no tempo e monitorizar toda a nossa vida, sim a vida de cada um de nos desde que as nossas células se começam a diferenciar e a criar os nossos órgãos tornando-os funcionais, não basta voltar ao tempo da 1 palavra ou paço, a vida começa muito antes, assim como o “eu” de cada um. Como sabemos mesmo com toda a tecnologia e os melhores cérebros e cientistas da atualidade, não é possível, nem nos é permitido usar uma criança como “cobaia” e monitorizar o que quer que seja no corpo dela, e mesmo que fosse iria completamente contra os valores éticos e humanos e afetaria completamente a vida da criança. Porem varias experiências e testes são realizados em animais e aplicados a nossa situação uma vez que estes funcionam identicamente a nós por de baixo da pele.

Como diz o ministro francês Jordy, é duro ser bebé. Até os 4 meses de vida, o cérebro ocupava-se basicamente de processar o contacto com o mundo - ele não agia, só reagia. Fazia o bebe acordar se este estivesse repousado, chorar caso se sentisse com fome, dormir se estivesse cansado. Além disso, as informações que recebia através dos seus 5 sentidos provavelmente ainda eram indistinguíveis, e simultâneas. Nessa idade, mamar no seio da mãe é como uma overdose de sentidos: o tato, o olfato, o paladar, a visão e a audição (não é à toa que os bebes gostam tanto).
Essa mistura sensorial, conhecida como sinestesia, ainda não era o “bebe” o “ primeiro eu”. Segundo o neurologista português António Damásio, é só aos 18 meses que surge algo que pode ser chamado de "consciência mínima". Nesse momento, a integração entre os lobos frontal e parietal do cérebro fizeram a voz que lê este texto começar a balbuciar. O “eu” passou a reparar em coisas como salgado e doce, liso e áspero, quente e frio, barulhento e silencioso, luminoso e escuro, e começa a relacionar as coisas e a entender a relação entre causa efeito como por exemplo: a criança aprende o que pode ou não fazer. Percebe que, ao chorar mais alto, a mamadeira vem mais depressa. Portanto, vale a pena ser manhosa, pelo menos de vez em quando, além de se dar conta de que é apenas um ser e que existem e vários outros como ele, e mais tarde que o mundo não acaba ou para quando o céu escurece e fecha os olhos para dormir e recomeça quando acorda.

Mas desde sempre o contacto com a mãe existe e é fundamental para a criança mesmo quando esta esta ainda na barriga, toda a interação da mãe com ela e do meio em que a mãe se encontra é essencial e decisiva para a personalidade da criança, como toda a gente sabe o papel dos pais é muito importante para os filhos, pois estes tendem a seguir os seus exemplos, uma vez que os “outros” mais importantes e mais presentes nos primeiros anos são os pais. Com eles, exercitam uma das nossas grandes capacidades inatas: a de imitar. Os pais servem de referência para estabelecerem padrões de sentimentos e atitudes – o filho que imita o pai a barbear-se também conhece com ele formas de se relacionar com as mulheres, por exemplo e até mesmo preferências intelectuais. Tudo indica que a maneira como são criadas deixa marcas na sua vida. E essa crença é reforçada pela psicologia que também acredita que grande parte da personalidade dos filhos é “formada" e "modelada” pelos pais, uma vez que a genética nada interfere com o assunto.

Uma vez que assim é, os pais têm de ter um amor incondicional, paciência  e acima ter um cuidado extremo com as palavras que utilizam, a educação dos filhos e as suas atitudes perante e para com eles, e uma capacidade de resolver problemas e questões surpreendente, visto que é preciso um árduo trabalho e que o mínimo pormenor fará toda a diferença.

relacionados:   Teste de personalidade rápido e divertido

                           A relação entre mãe e filho
                                                                                                           
                                                                                                                                   Diana Faria

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Senso Comum vs Conhecimento Científico


Do Senso Comum ao Conhecimento Científico vai uma distância considerável, apesar de que, ao longo dos tempos se verifique um avizinhamento. O primeiro apoia-se nos sentidos, crenças, tradições, acredita no que vê ou sente, é fruto das experiências do quotidiano, ou naquilo que se tornou evidente através da evolução da ciência. Esta por sua vez, procura através do raciocínio objectivo, assente na faculdade racional do ser humano e em métodos experimentais, a comprovação daquilo que os sentidos nos mostram. O Senso Comum é um saber que se adquire através da vida que se leva em sociedade, por isso, é um saber informal adquirido de forma natural através do contacto com o próximo, com situações e objectos que rodeiam o indivíduo. Apesar das suas limitações, o senso comum é fundamental, sem o qual os membros integrantes da sociedade não conseguiriam orientar-se na sua vida quotidiana. O Conhecimento Científico tenta explicar por meios de estudos, análises, experimentação, observação, uma resposta científica para determinada questão. Lida com problemas mais complexos e procura explicá-los por meios científicos. É um conhecimento racional, que apura os factos para chegar a uma "conclusão exata" da questão muitas vezes já concluída pelo senso comum. É um conhecimento objetivo, reflexivo, complexo e utiliza metodologia própria denominada de métodos científico.
                                                            
                                                                                                                  
                                                                                                                      Diogo Lemos 12ºB

sábado, 1 de novembro de 2014

Sexualidade Humana

O ser humano ao longo do seu desenvolvimento sente a necessidade de se conhecer a si próprio tanto fisicamente como psicologicamente. Desde que o Homem nasce começa por se aperceber das suas preferências, predisposições, necessidades e na experimentação vai á descoberta da sua identidade.
A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, afeto, contacto, ternura, intimidade e se expressa no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados. A vida sexual humana não consiste essencialmente no contacto dos órgãos genitais de uma pessoa com os de outra do sexo oposto, vai para além dessa concessão. Segundo o psicanalista Freud a sexualidade também é a nossa atividade pulsional que tende em obter uma satisfação (por exemplo comer, beber, dormir, conforto,…)
 A sexualidade exprime-se no ser humano a partir do nascimento, quando este começa por sentir prazer em certas zonas do corpo, tais zonas erógenas são desde cedo usadas pelo recém-nascido, como por exemplo é através da boca que o bebé descobre o mundo e tem os seus primeiros contactos afetivos, que é o caso da amamentação que permite ao bebé ter contacto com o seio da mãe, criando assim uma ligação afetiva com a mãe. As  primeiras manifestações do bebé dão-se por via oral, como quando o bebe chora para chamar a atenção da mãe. Entre 1 a 3 anos uma zona de satisfação é o ânus pois o bebé descobre que pode controlar as suas esfíncteres, tornando-se autónomo. Durante esse período certas crianças manifestam interesse pelos seus próprios órgãos genitais e têm sinais de excitação dos mesmos (sexualidade autoerótica).
Quando o Homem cresce e se desenvolve, descobre o outro e sente a necessidade de se relacionar com ele para se satisfazer (sexualidade heteroerotica). 
Contudo a sexualidade é muito importante no desenvolvimento do ser humano, pois permite-nos ter um conhecimento sobre nos próprios e permite-nos sentir necessidade de nos relacionar-mos com os outros.

Filipa Rodrigues Oliveira 12ºA