segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Conhecimento Científico

O conhecimento é um conjunto de informação armazenada por intermédio da experiência ou da aprendizagem, ou através da introspeção. No sentido mais extenso do termo, trata-se da posse de múltiplos dados interrelacionados que, por si só, têm um menor valor qualitativo.
Para o filósofo grego Platão, o conhecimento é aquilo que é necessariamente verdadeiro. Por sua vez, a crença e a opinião ignoram a realidade das coisas, pelo que fazem parte do âmbito do provável e do aparente. 
O conhecimento deve a sua origem à percepção sensorial, seguindo-se o entendimento e acabando, por fim, na razão. Diz-se que o conhecimento é uma relação entre um sujeito e um objecto. O processo do conhecimento envolve quatro elementos: sujeito, objecto, operação e representação interna.
Sempre que o conhecimento se pode transmitir de um sujeito para outro através de uma comunicação formal, fala-se de conhecimento explícito. No entanto, se o conhecimento for difícil de comunicar e se se relacionar com experiencias pessoais ou com modelos mentais, fala-se então de conhecimento implícito.
A ciência considera que, para alcançar o conhecimento, é necessário seguir um método. O conhecimento científico não só deve ser válido e consistente do ponto de vista lógico, como também deve ser provado através do método científico ou experimental.
A forma sistemática de criar conhecimento, segundo a ciência tem duas etapas: a pesquisa básica, durante a qual se avança na teoria; e a pesquisa aplicada, durante a qual se aplica a informação.



Catarina Carneiro

domingo, 14 de dezembro de 2014

Conformismo e Obediencia

Estes conceitos estarão sempre ligados pois quem se conforma com as ideias de outra pessoa, o conceito de obediencia será igual. Ou então se obedecer irá certamente conformar com a ideia da outra pessoa, normalmente acatará as ordens de um superior e certamente irá reconhecer a sua superioridade hierarquica nesse momento poderá ser um chefe ou mesmo um familiar.
Na minha modesta opinião ser conformista deverá apenas ser em alguns casos, nomeadamente nas leis, pois se em todos os casos as pessoas forem conformistas não irá haver evolução no pensamento(filosofia), na tecnologia, na medicina, na arte, e nas outras formas de saber, eu sou um defensor da diversidade de ideias que o Homem pode ter. Imaginemos um mundo hipoteticamente cem por cento conformista e consequentemente "obediente" nesse mundo provavelmente as pessoas eram todas agricultoras pois a "linha de pensamentos" era comum e a única forma de poder sobreviver era cultivando, ou então nem deixariamos de ser mais um animal.
Verifiquei que os nossos idolos da antiguidade eram extremamente desobedientes e inconformistas, por exemplo o Genio Leonardo Da Vinci ,que pintou enumeros quadros expostos nos melhores e mais conceituados museus, é inquestionavelmente um inconformista e desobediente pois ele profanava os jazigos dos mortos para poder estudar a anatomia do homem e descobrir coisas da medicina, isto que na altura era considerado crime e impensável fazer. Outro que também é admirado e que lhe reconhecem tremenda inteligencia, inconformismo e desobediencia é Galileu que defendia que o Sol estava imovel e quem se deslocava em torno dele era a Terra e não o oposto, e claro que foi presseguido e torturado por ser inconformista.
Resumindo, conformismo e obediencia? sim mas não em tudo



                                                                                                                                                                             José Faria Turma 12A N-20

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Instintos Humanos, nos Primórdios e na Atualidade

    Atualmente, a maior parte das pessoas aceita completamente a Teoria da Evolução, exceto os “criacionistas”, talvez por gostarem do seu estilo "old school" ou por tentarem se convencer a si mesmos de que o senhor lá de cima é quem manda, e por isso mesmo pregam a sua religião como se não houvesse amanhã. Abandonando a fé e estudando as descobertas científicas, os humanos descendem dos macacos e estes, por sua vez, descendem de mamíferos mais primitivos; e não, não são fruto do acasalamento entre um homem que apareceu na Terra após Deus ter tocado no chão como o seu dedo, e uma mulher que veio ao mundo através dos dotes artísticos de um homem com um lençol vestido, que por mais incrível que pareça, conseguiu moldar uma costela de um homem para criar uma mulher. Analisando bem, esta veio ao mundo através do processo partenogénese, e por isso mesmo, esta é filha do homem a quem lhe foi tirada a costela. Mesmo assim, esta religião condena os atos de incesto. Mas é certo de que nem todas as história têm bons autores. 
   Nossa forma e estrutura derivam de outras criaturas e há implicações psicológicas desse facto. O Homo Sapiens não apenas parece, se move e respira como um macaco; ele também pensa como um macaco! Não apenas temos um corpo da Idade da Pedra, como também temos uma mente da Idade da Pedra!
   Há 5 milhões de anos, nossos ancestrais hominídeos desceram das árvores para tentar a sorte na savana. O fim da Era do Gelo forçou-os a adaptarem-se a um novo ambiente com menos recursos naturais do que as florestas tropicais e pouca proteção física contra os predadores. A seleção natural persistiu por mais de 200 mil gerações com homens/macacos competindo com outros animais.
   Começamos a vida na savana como Australopithecus, com um cérebro de tamanho igual ao de um chimpanzé. Nos 3 milhões de anos que se seguiram, ele triplicou de tamanho. A expansão do número de células cerebrais até o nosso estado atual, com cerca de 100 bilhões de células nervosas, resultou em uma mente cada vez mais complexa. Continuamos a desenvolver uma série de instintos, simultaneamente a um extraordinário salto em nossa aprendizagem, emoção e racionalidade.
   Por um lado, aprendemos a fazer uso de ferramentas. Descobrimos o fogo e os seus usos. Exploramos o mundo que habitamos. Começamos a conversar uns com os outros e a vida em comunidades mais complexas. Caçadores migrantes trocaram informações. Relações de cooperação e familiaridade possibilitaram a formação de grupos maiores. A crescente divisão de trabalho nos permitiu criar raízes, construir civilizações e ter uma vida cultural criativa.

   Por outro lado, a nossa busca por riqueza material e "status" resultou na dissolução de unidades familiares. Temos desejos e necessidades emocionais que nem sempre são satisfeitos. Há, portanto, tensão entre os nossos instintos da Idade da Pedra e as dificuldades impostas pela civilização pós-industrial.
   A definição de “instinto” está na diferença entre:
- a mente com a qual nascemos;
- a mente que “formamos”, por aprendizagem, cultura e socialização.
   Então, instinto é, essencialmente, a parte do nosso comportamento que não é fruto de aprendizagem. Contudo, o nosso ambiente – e, portanto, a nossa aprendizagem – pode ter uma influência poderosa no modo pelo qual nossos os instintos se expressam.
   O instinto é construído por elementos humanos herdados: ações, desejos, razão e comportamentos. Esses instintos especificamente humanos são aqueles que se formaram durante nosso o tempo na savana.
   Hoje, sabemos muito mais a respeito de características herdadas do que Charles Darwin  no seu tempo – sabemos que são transmitidas por genes. A descoberta da sequência completa do genoma humano é um marco na história da ciência. O Projeto do Genoma Humano foi completado em 2001. A odisseia foi listar cerca de 3 bilhões de letras que representam as ligações químicas da dupla hélice do DNA. Nesse código está a receita para o desenvolvimento do corpo humano.
  
 A grande maioria do código químico é idêntico, por isso se diz “o” genoma humano. Cerca de uma em cada 10 mil letras será diferente entre uma pessoa para outra. Nestas diferenças residem as variações de psicologia humana.O desenvolvimento do cérebro humano é amplamente determinado pelo código genético.
   O comportamento humano é instável e imprevisível. As possibilidades de comportamento diário são infinitas. Ele está à mercê de muitas forças que não controlamos e que o empurram de um lado para outro. Algumas forças biológicas, cognitivas e culturais anulam-se, outras pressionam para a mesma direção. É inteiramente impossível que duas tendências de instinto ajam de modo igual e contrário. Possuímos um mecanismo adaptativo em que coexistem a competição e a cooperação. O desafio é tentar desembaraçar essas forças e explicar suas origens.
   A Teoria do Caos diz nos que pequenas mudanças nas condições iniciais têm um efeito crítico no resultado final de um sistema caótico. Isso aplica-se tanto ao comportamento humano quanto ao mundo físico. É impossível termos um modelo de previsão para o nosso comportamento porque há muitos fatores envolvidos, cada qual com o potencial de causar danos significativos. Há uma complicação a mais: os humanos aparentemente têm livre arbítrio, refletem sobre os seus comportamentos e podem alterá-los.
   Portanto, a explicação de grande parte do comportamento humano é um processo extraordinariamente complexo. É produto de muitos fatores diferentes: instintivos, psicológicos, racionais e emocionais – e a predição torna-se impossível. A aleatoriedade, então, é uma parte intrínseca das nossas características neurológicas.
   Mas podemos fazer suposições válidas sobre a vida na savana e a reação do homem primata a várias experiências. Sabemos que os princípios físicos do planeta eram os mesmos. Sabemos da existência de uma série de predadores. Os hominídeos corriam o risco de serem comidos. Havia insetos venenosos, assim como frutos venenosos.
   As regras básicas do estilo de vida mamífero permaneceram intactas: comer, beber, aquecerem-se e dormir. Puberdade, reprodução e envelhecimento já marcavam as fases da vida. Divisão de trabalho entre sexos também existia, assim como a convivência com a morte. Havia doenças e ferimentos. Os mais frágeis eram dependentes dos outros para receber comida e proteção. A mortalidade infantil era muito alta, a esperança de vida muito baixa.
   Os recursos finitos – de caça, vegetação comestível, água e abrigo – pode significar que havia competição por estes recursos. Não apenas competição entre as espécies, mas competição dentro das espécies. Devíamos guerrear uns contra os outros.
     A ideia do “gene egoísta” é que ele exerce uma influência massiva tanto no desenvolvimento evolutivo quanto na psicologia da mente humana. Não apenas afeta a nossa luta por recursos e parceiros, como também define os termos nos quais as nossas vidas sexual e familiar evoluem.
   Não devemos subestimar o poder da arqueologia, embora suas suposições partam de evidências frágeis e inconclusivas. As adaptações físicas são relativamente fáceis de se ver. As heranças de genes com aptidões mais eficientes selecionavam os indivíduos mais propensos a sobreviver e a se reproduzir, embora sem nenhum sentido de intenção ou de planeamento.
   A evolução não é perfeita. Não podemos cair na armadilha de pensar que “a seleção natural resultou na melhor, mais barata  e mais elegante solução para cada problema”. A evolução é imperfeita, porque sempre envolve contínua mudança. Os passos regressivos quase nunca aconteceriam.
   A seleção natural abrange uma série de pressões evolutivas simultâneas. Nenhuma adaptação ocorre de forma isolada. Nós somos repletos de compromissos e concessões. Alguns passos produziram uma vantagem seletiva para determinada espécie. A seleção natural, simplesmente, não pode começar novamente do zero e escolher a melhor solução possível.
   Apesar do cérebro humano parecer estar adaptado para realizar certas tarefas, isso não significa que estamos a ver adaptações reais. Em animais cujo comportamento parece consistir exclusivamente de respostas a processos instintivos, decidir se algo é ou não uma adaptação genética a partir da sua história evolutiva é mais fácil. É improvável que seja resultado de uma série de mutações aleatórias.

   A mente humana é mais complexa e flexível. Não somos escravos dos nossos genes, mas somos profundamente afetados por eles. Separar as adaptações de todo o resto é extremamente difícil. Só porque certos tipos de comportamentos humanos são constantes em culturas diferentes não significa que eles sejam geneticamente determinados. Por exemplo, todas as sociedades que usam lanças as arremessam com a ponta voltada para frente, mas isso não significa que a nossa espécie tem um gene específico para este tipo de prática.
   Quando os bebés abrem os olhos e começam a registar a existência de um mundo externo, inicia-se um processo de desenvolvimento neurológico. Os instintos são acionados um a um – são as ferramentas de sobrevivência que vem pré-embaladas com o recém-nascido. Mas o cérebro não pode desenvolver-se a não ser que receba os impulsos corretos. O ambiente no qual crescemos é fundamental para o desenvolvimento do instinto humano.
   O desenvolvimento da natureza humana depende das pessoas e da cultura à nossa volta. Daí a importância fundamental da educação, da experiência e do ambiente social nos quais somos criados. Os nossos mecanismos cognitivos para lidar com o mundo, sejam eles reconhecimentos de rostos, aquisições de linguagem ou desenvolvimento emocional, não vão aparecer sozinhos. Depois de um certo ponto no tempo, pode ser tarde demais para “ligá-los”.
   O processo de evolução está entrelaçado ao crescimento da cultura. Essa “cultura” começou muito antes da evolução nos tornar o que somos hoje.
   É tentador olharmos para as nossas vidas modernas – nossas razões, desejos, esperanças, problemas – e encontrar uma simples explicação evolucionista para tudo. Mas o estudo da humanidade não deve permitir a simplificação de explicações complexas, o que não significa perder a clareza didática da simplicidade.
   Concluindo, o nosso passado evolutivo exerce uma pressão poderosa. Mas o elemento genético do comportamento humano será sempre refratado pela cultura. Os genes são responsáveis pela mente humana da mesma forma que um roteirista é responsável por um filme. O roteiro é a base do filme, mas o estilo visual e o ritmo do filme são determinados principalmente pelo diretor e pelo montador. Ocasionalmente, parte do diálogo será improvisado na encenação. Cada pessoa, ao assistir o filme, pode interpretá-lo de uma maneira diferente.

Por:  João R. Abreu

domingo, 7 de dezembro de 2014

Conformismo e inCONFORMISMO


   
Conformismo é uma forma de influência social que resulta do facto de uma pessoa mudar o seu comportamento ou atitudes por efeito de pressão do grupo. Isto pode atingir níveis extremos que conduzirão a consequências negativas. Os processos subjacentes ao comportamento conformista , são por exemplo : “ A unanimidade do grupo “ ; ”A natureza da resposta “; “A ambiguidade da situação “; “A importância do grupo” ; “A auto-estima”. Ainda que os grupos sociais promovam a conformidade ás suas normas e regras, podem ocorrer no seu interior atitudes e comportamentos inconformistas.

Inconformismo designa adoção de conceções , atitudes e comportamentos que não correspondem ás expectativas do grupo. Inovação deriva do inconformismo e o conceito de inovação define o processo de influência social que é promovido por uma minoria e que visa as mudanças das normas e regras de um dado grupo. Esta ocorre quando há conflito ,ou seja, no interior de um grupo alguns dos membros discordam da opinião da maioria apresentando alternativas.

                                                                                                                                    Diogo Lemos 12ºB

sábado, 6 de dezembro de 2014

"Nature VS Nurture"


A discussão acadêmica e popular sobre natureza e educação relaciona-se com a importância relativa das qualidades inatas de um indivíduo, em comparação com as experiências pessoais causando diferenças individuais em traços físicos e comportamentais.
O conceito reconhecido na expressão "Natureza vs Criação" tem sido criticado por sua simplificação dupla de parâmetros estreitamente entrelaçadas, como por exemplo, um ambiente de riqueza, educação e privilégios sociais muitas vezes são historicamente passadas à descendência genética, apesar de riqueza, educação e privilégio social não fazer parte do sistema biológico humano, e por isso não pode ser diretamente atribuído à genética.

«No século XXI, um consenso está se desenvolvendo em que ambos os agentes genéticos e ambientais influenciam o desenvolvimento de forma interativa, no campo das ciências sociais e políticas, a "Natureza vs Criação" debate pode ser contrastado com a " Autonomia individual vs Socialização" debate.»

Comentário:
A parte biológica do homem é tudo aquilo com que já se nasce, daí um ser humano que viva sozinho vai apenas depender e usar aquilo com que nasceu, tendo a sua própria autonomia sendo capaz de criar ferramentas que o ajude, mas apenas dependerá de si. Já se o ser for educado a partir da nascença e sofrer a “Socialização” dentro dos vários grupos da sociedade em que ele se inserir ele depende das várias pessoas quem passa o seu tempo. Mas nunca perderá a sua parte biológica por isso ele está sempre definido pela sua biologia.

Curiosidade:

«Muitos dos cientistas entrevistados em 2014 dizem que a distinção familiar entre natureza e educação tem perdido sua utilidade e deve ser reformado. Uma razão é a explosão de trabalho no campo da epigenética. Os cientistas acreditam que existe um trajeto longo e sinuoso, com muitos ciclos de realimentação, a partir de um determinado conjunto de genes com uma característica do organismo adulto. A cultura é um fenômeno biológico, um conjunto de habilidades e práticas que permitem que membros de uma geração para aprender, mudar e passar os resultados dessa aprendizagem para a próxima geração.»


Eduardo Freitas

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Será que os Animais tentam comunicar connosco?





         Desde as origens dos Hominídeos até aos dias modernos, ou seja, durante toda a evolução que o Homem sofreu, a interação com outros animais sempre esteve presente no seu quotidiano, não só apenas com fins de sobrevivência (alimentação), mas também para fins de companhia. O Homem tem a necessidade de interagir, de comunicar com outros seres, e este nem sempre escolhe seres da sua espécie para esse fim, procura também seres de outras espécies como cães, gatos, aves, etc. Mas será que esses animais tentam responder às suas tentativas de comunicação?





 Como toda a gente sabe e o ditado assim o confirma, “o melhor amigo do Homem é o cão” e por isso mesmo, o Homem tenta comunicar com este a todo o custo. E por vezes este não fica calado e resolve responder. Assim será? Veremos estes dois momentos interpretados por Mishka, um Husky da Sibéria acolhido por uma família dos EUA.





Os seus donos repetem consecutivamente as palavras “I love you” (= “Eu amo-te”), até que o cão, impressionantemente, repete com algumas dificuldades as mesmas palavras citadas pelos seus donos. Será que este estava mesmo a expressar os seus sentimentos pelos seus donos? Obviamente que não, pelo menos não desta forma. Mishka limita-se a repetir os sons emitidos pelos seus donos, ou seja, o cão não faz nada mais, nada menos, do que uma simples imitação, contudo, não deixa de ser impressionante para esta espécie.






No outro lado do globo, na Rússia, surge outro animal que também tenta comunicar. Desta vez, é o melhor amigo da Mulher Descomprometida e de idade avançada, o gato. Este é conhecido como “The No-no-no Cat” (=”O Gato Não-não-não”). Ficou mundialmente famoso nas redes sociais devido aos seus momentos peculiares.





(Visualizem o seguinte vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=oKI-tD0L18A )



Este caso é, seguramente, bastante mais assustador do que impressionante. O gato repete sucessivamente o mesmo som, que se assemelha à repetição da palavra “No” (=”Não”). Aqui, o animal não está a imitar nenhum comportamento humano, apenas se manifestou desta forma. Todavia, o Homem procura sempre alcançar os seus objetivos, e sendo o seu objetivo conseguir com que o seu animal de estimação entre em contacto consigo, o Homem vai fazer de tudo para o conseguir. O gato não refere quaisquer palavras, apenas sons aleatórios, e devido ao seu objetivo, o ser Humano associa-os a termos do seu vocabulário. Nada disto passa de uma tentativa desesperada, por parte do ser Humano, de obter respostas às suas tentativas de comunicação com outras espécies.



O caso seguinte é bastante diferente. O seu nome é Einstein e é um papagaio Africano de cauda vermelha.







(Visualizem o seguinte vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=nbrTOcUnjNY)


Podemos, claramente, afirmar que não existe uma imitação direta entre o que o interveniente cita e entre o que o animal responde. Einstein consegue associar uma resposta a cada pergunta feita pela sua treinadora, sendo que as suas respostas surgem tanto na forma verbal como gestual. Como é lógico, estas respostas foram previamente ensinadas ao animal, através da repetição das mesmas, e mais tarde, treinadas para que este as associasse às respetivas perguntas. Apesar de toda a preparação por detrás destes momentos, é, de facto, notável a capacidade de memória e de associação deste animal. Podemos considerar isto uma forma de comunicação entre Einstein e a sua treinadora? Na minha opinião, podemos. É claro que o animal apenas faz aquilo para o qual foi treinado. Mas, também nós não fomos, de certa forma, “treinados” para interagir? Não nos foi instruída a forma mais acertada de como agir em cada tipo de situação? Qual era a resposta ideal para cada pergunta? Foi sim! E mesmo assim consideramos interação quando isso acontece entre seres humanos, porque não o haveríamos de considerar entre dois seres de espécies diferentes?

Apesar de todos estes momentos aqui apresentados, é ainda questionável a ideia  “será que os animais contactam connosco?”.




O próximo caso é protagonizado por um dos nossos longínquos antepassados, os Bonobos. Panbanisha, este é o seu nome.




 (Visualizem o seguinte vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=d3FLor3-jLg)



     Os bonobos são sem dúvida animais selvagens de grande inteligência, comprovado por este e outros estudos. São considerados os nossos relativos mais próximos, e são também os animais cuja inteligência é a mais parecida com a do ser humano.
      Panbanisha possui uma tremenda capacidade de interpretação, podendo ser comprovada pelo momento do vídeo em que a sua treinadora a lhe diz “Would you give a bite of your HotDog to the doggy, please?” (= ”Podes dar uma dentada do teu cachorro quente ao cachorro, por favor?”). Aqui, Panbanisha percebe que a sua treinadora lhe está a pedir para que dê um pouco da sua comida ao cão, no entanto, não é apenas o gesto que impressiona a comunidade científica, mas também a sua capacidade de interpretar frases que possuem termos ambíguos. Como a treinadora explica no vídeo, a palavra “cachorro” é usada em situações em que o seu sentido não é o mesmo. É usada no termo “cachorro quente”, que refere um alimento; e no termo “cachorro”, que se refere ao cão. Mais além, a palavra “quente” poderia também provocar alguma confusão no animal, visto que esta se poderia referir a várias situações: ao cão que, por sua vez, poderia estar quente; à sua comida estar quente, o “cachorro quente”; ou ao facto de, mesmo estando fria, a sua comida se chamar “cachorro quente”. Podemos também prolongar esta discussão atendendo ao facto de o primata ter dado ao cão a porção equivalente a uma das suas “dentadas”, que foi a porção pedida pela treinadora.

          Apesar de não comunicar verbalmente, Panbanisha entende o que lhe é comunicado, quer através de palavras ou até mesmo imagens/símbolos, e responde através de gestos e acções. 








Concluindo, nem todas as nossas tentativas, por vezes desesperadas, de entrar em contacto com outras espécies são em vão. Existem animais que, de certa forma, nos respondem, como é o caso de Einstein, e outros que nos entendem e comprovam o quão parecidos somos, como é o caso de Panbanisha. 


Por: João R. Abreu 12ªB

Relação entre mãe e bebé



    Nos primeiros tempos de vida, manifestamente decisivos para a formação de múltiplos aspectos da nossa personalidade, grande parte da aprendizagem da criança verifica-se no plano do desenvolvimento social e afectivo. Aquela aprende a interagir com os outros e forma laços afectivos e pessoais. O desenvolvimento e a socialização constituem processos que, desde o início da vida, dependem um do outro e não se dão separadamente.
    Com o corte do cordão umbilical termina uma ligação física muito íntima em relação à mãe e começa e desenvolver-se uma ligação emocional e afectiva cuja qualidade terá forte impacto na adaptação à realidade, sobretudo no plano do relacionamento interpessoal. A mãe é, nos primeiros tempos de vida, o elemento central do universo social e afectivo da criança e aquele com o qual, habitualmente, estabelece uma vinculação bastante forte.
    A relação mãe-bebé é a primeira forma de socialização e tem consequências duráveis e importantes do ponto de vista social e emocional. A vinculação é o laço afectivo especial que se desenvolve entre o bebé e a pessoa que dele cuida (normalmente a mãe é a primeira pessoa a cuidar do bebé) e que lhe dá segurança emocional e conforto.
    Segundo Freud, o apego ou vinculação à mãe deriva do facto de ela estar associada à redução de necessidades e tensões fisiológicas como a fome, a sede e a dor.
    Segundo os behavioristas, a vinculação à mãe também deriva da satisfação das necessidades fisiológicas.
    Segundo Bowbly, a ruptura do laço afectivo e emocional com a mãe (ou uma figura materna) nos primeiros anos de vida tem graves repercussões no desenvolvimento intelectual, social e emocional da criança, estando na raiz de perturbações comportamentais, de insegurança e de insociabilidade. Para este psicanalista de crianças o medo do desconhecido era a base da vinculação. Perdido o vínculo, esse medo reaparece e dá origem a desequilíbrios comportamentais.

                                                                                                                Diogo Lemos 12 º B