terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Alfred Charles Kinsey - O Pai da Sexologia




Alfred Charles Kinsey foi um entomologista e zoólogo norte-americano. Em 1947, na Universidade de Indiana, fundou o Instituto de Pesquisa sobre Sexo. As suas pesquisas sobre a sexualidade humana influenciaram profundamente os valores sociais e culturais dos Estados Unidos, principalmente na década de 1960, com o início da chamada "revolução sexual".
Kinsey queria que a educação sexual fosse abordada numa única disciplina e conseguiu criar a disciplina acadêmica de sexologia. Após muita persistência, em 1935 Kinsey conseguiu recursos financeiros junto à Fundação Rockefeller, iniciando a sua pesquisa sobre a sexualidade humana. Montou e treinou uma equipa que veio a entrevistar milhares de pessoas em todo o território dos Estados Unidos. Na sua tese, Kinsey colocou todos os atos sexuais ao mesmo nível moral, social e biológico, dentro ou fora do casamento, entre pares do mesmo sexo ou de sexo diferente, com crianças e até com animais. 
Grupos conservadores, especialmente cristãos, atacaram Kinsey devido aos dados dos seus estudos, considerando-o imorais. Por isso, Kinsey declarou que o problema era que a sociedade estava condicionada por normas tradicionais fazendo crer que a atividade heterossexual dentro do casamento era a única correta.
Publicou em 1948 um livro intitulado «O comportamento sexual nos homens» e em 1953 o segundo volume intitulado «O comportamento sexual nas mulheres».
Com um resultado prático dos estudos de Kinsey, em 1973, a Associação Americana de Psiquiatria removeu a homossexualidade da lista de desordens mentais. O mesmo aconteceu com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que também passou a não considerar a homossexualidade como uma doença, a partir de 1986.

Para Kinsey, os seres humanos não se classificavam quanto à sexualidade em apenas duas categorias (heterossexual e  homossexual) e por isso criou uma escala que classificava o ser humano quanto á sua orientação sexual:   
 0– Exclusivamente heterossexual                                             
1- Predominantemente heterossexual, apenas eventualmente homossexual                              
 2- Predominantemente heterossexual, embora homossexual com frequência                            
3– Bissexual                                                                                      
4- Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência                            
5- Predominantemente homossexual, apenas eventualmente heterossexual                              
6- Exclusivamente homossexual                                                                                                         
X- Assexual

Estudos de Kinsey:                                                                                                                                                                                                                               
Sexo antes do casamento:                                                                                                                    
 -Homens: 67% a 98% 
-Mulheres: 50%
Sexo fora do casamento:                                                                                                                      
-Homens: 50 %                                                                                                                           
-Mulheres: 26% 
Masturbação:                                                                                                                                          
-Homens: 92 %                                                                                                                                      
-Mulheres: 62% 
 Sexo oral:                                                                                                                                               
-Homens: 10,0 % praticaram antes do casamento e  48,9 % praticaram no casamento.             
-Mulheres: 19,1 % praticaram antes do casamento e 45,5 % praticaram após casamento.
Homossexualidade:                                                                                                                               
 -Homens: 37 %                                                                                                   
-Mulheres: 13 % 
(10 % dos homens entre 16 e 55 anos foram considerados predominantemente homossexuais).  

A polêmica dos estudos de Kinsey recaiu também sobre a sexualidade infantil. Obtendo depoimentos de pedófilos, Kinsey montou gráficos esquemáticos sobre a sexualidade das crianças:                                                                                                                            
-Com 11 meses uma bebê teria tido 10 orgasmos em uma hora                                               
-Com 7 anos uma menina teria tido 3 orgasmos em uma hora                                                   
-Com 13 anos um menino poderia chegar a 19 orgasmos por hora


Filipa Rodrigues Oliveira 12ºA



Homossexualidade


A homossexualidade é uma orientação sexual pelo qual o ser em causa sente afeto por outro ser do mesmo sexo. 
Na sociedade atual, para muitas pessoas, a homossexualidade é vista como um bicho de sete cabeças, pois não entendem como é possível duas pessoas do mesmo sexo se amarem. O mesmo acontece com os cristãos pois segundo a biblia o homem foi criado para amar a mulher e vice-versa, o que implica que a homossexualidade seja vista como uma doença.
As nossas respostas a questões tendem a ser fortemente influenciados pelos nossos sentimentos pessoais sobre a homossexualidade. Mas, se formos sinceros sobre o uso da Bíblia para orientação, não devemos supor que as passagens da Bíblia sobre a homossexualidade apoiam os nossos próprios pontos de vista conservadores ou liberais. Em vez disso, devemos deixar de lado nossas próprias idéias, sentimentos e medos, e em oração buscar a verdade.
Na minha opinião, o ser humano não tem culpa se gosta de homens ou de mulheres, não é ele que escolhe, é algo que nasce com ele. Apesar de terem uma orientação sexual diferente do que estamos habituados, não devem de ser postos de parte, criticados ou ate mesmo rebaixados, são pessoas normais, como todos nós. 
Hoje em dia, somos acostumados a estabelecer culturalmente um conjunto de ideias sobre os homossexuais que, muitas vezes, tendem para o campo dos preconceitos. Controvérsias à parte será que esse tipo de comportamento sexual sempre foi motivo de tanta polémica? Muitas vezes, nosso imaginário nos impede de tentar admitir outros tipos de perspectiva em relação a esse tema.


Ana Margarida Lopes

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A Psicologia e o seu objecto de estudo



A ciência é um conjunto de conhecimentos sobre factos ou aspectos da realidade, expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Dessa forma, o conhecimento pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano, os processos mentais e a relação entre eles. Deriva das palavras gregas: psique que significa “alma” e logia que significa “estudo de”. A psicologia não é hoje apenas a ciência da alma, mas também do comportamento e da experiência, pois corpo e mente não estão separados e um exerce influência sobre o outro. A Psicologia, tal como a Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciências humanas, estuda o homem, logo pensa sobre si mesmo, e isso apenas coloca a Psicologia entre as ciências humanas.

Há uma diversidade de objectos de estudo, as várias disciplinas da Psicologia estão ligadas ao estudo da personalidade, da aprendizagem, da memória, da inteligência, do sistema nervoso e das relações inter-pessoais, do desenvolvimento humano, dos processos psicoterapêuticos, do sono e do sonho, do prazer e da dor, da vida e da morte...

Por outro lado, essa diversidade de objectos justifica-se porque os fenómenos psicológicos são tão diversos, que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação e, portanto, não podem ser sujeitos aos mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação. É preciso estabelecer um determinado critério de selecção dos fenómenos psicológicos e assim define-se um objecto.

Isto é explicado pelo fato de este campo do conhecimento ter-se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século XIX) e como o homem estuda o ser humano, influencia inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia.

Esta situação leva-nos a questionar a caracterização da Psicologia como ciência e a postular que no momento não existe uma psicologia, mas ciências psicológicas embrionárias e em desenvolvimento. Encontramos a psicologia clínica, a psicopatologia, a psicologia social, a neuropsicológica, a psicologia das organizações, a psicologia criminal, a psicologia educacional, a psicologia do ambiente, e outras tantas áreas. E ainda dentro de cada área da psicologia existe uma multiplicidade de abordagens, teorias e investigações científicas.

Sara Lopes

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cientistas conseguem reverter perda de memória em ratos idosos


  

    Um estudo divulgado nesta quarta-feira na revista especializada Science Translational Medicine indica que a perda de memória na velhice está ligada à falta de uma proteína específica, chamada de RbAp48, na região cerebral do hipocampo. Segundo os cientistas, as descobertas mostram que a perda de memória em idade avançada, que era tida como um sinal inicial do mal de Alzheimer, é um problema totalmente distinto desta doença.

   "O nosso estudo provê fortes evidências de que a perda de memória relacionada à idade é uma síndrome própria, diferente de Alzheimer. Em conjunto com as implicações de estudos, diagnósticos e tratamentos de desordens de memória, estes resultados têm consequências para a saúde pública", diz Eric R. Kandel, professor da Universidade de Columbia e líder do estudo. Kandel ganhou o Nobel de medicina em 2000 por descobertas relacionadas aos princípios moleculares da memória.

   Durante o estudo, os pesquisadores analisaram os cérebros de oito pessoas que morreram com idades entre 33 e 88 anos e que não tiveram nenhum tipo de doença neurológica. Os cientistas descobriram 17 "genes candidatos", que poderiam ter relação com a perda de memória. O mais influente era o RbAp48, que se expressava muito menos conforme a idade avançava.

   A segunda parte da pesquisa foi passar para o modelo animal: ratos. Os cientistas inibiram o funcionamento do gene em alguns dos ratos e, quando fizeram testes de reconhecimento de novos objetos e em labirintos, descobriram que os animais que foram modificados geneticamente tinham perda de memória similar ao de roedores idosos. Quando o gene foi "religado", o problema acabou.

   Com o uso de vírus, os pesquisadores ainda testaram o efeito contrário. Eles aumentaram a expressão do gene e descobriram que a memória dos ratos melhorava e era comparável até a de animais jovens.

   "O fato de que conseguimos reverter a perda de memória em ratos é muito encorajador", diz Kandel. "Claro que é possível que outras mudanças no DG (giro denteado, área do hipocampo afetada pela perda de memória na velhice) contribuam para esta forma de perda de memória. Mas, pelo menos, isso mostra que esta proteína é um fator maior e que mostra o fato de que perda de memória relacionada à idade ocorre devido a uma mudança funcional de algum tipo nos neurônios. Ao contrário de Alzheimer, não há perda significativa de neurônios."


   O último dado que a pesquisa indica é que a proteína RbAp48 media os efeitos da perda de memória através da via de sinalização (grupos de moléculas que controlam funções das células) PKA-CREB1. Segundo o estudo, terapias que foquem na proteína e na via de sinalização podem ter resultados positivos em humanos.

Fonte da notícia: noticias.terra.com.br
                                                                                                                      

  João Abreu 12ºB