Como me tornei no que sou?
Ate os dias de hoje ainda ninguém conseguiu responder a estas duas grandes questões, pois é, desde a primeira vez que estas surgiram no pensamento humano à milhões de anos atrás ainda não houve ninguém a conseguir uma resposta universal e concreta a nenhuma delas.
Para entendermos os inícios de nosso “eu” teríamos de voltar atrás no tempo e monitorizar toda a nossa vida, sim a vida de cada um de nos desde que as nossas células se começam a diferenciar e a criar os nossos órgãos tornando-os funcionais, não basta voltar ao tempo da 1 palavra ou paço, a vida começa muito antes, assim como o “eu” de cada um. Como sabemos mesmo com toda a tecnologia e os melhores cérebros e cientistas da atualidade, não é possível, nem nos é permitido usar uma criança como “cobaia” e monitorizar o que quer que seja no corpo dela, e mesmo que fosse iria completamente contra os valores éticos e humanos e afetaria completamente a vida da criança. Porem varias experiências e testes são realizados em animais e aplicados a nossa situação uma vez que estes funcionam identicamente a nós por de baixo da pele.
Como diz o ministro francês Jordy, é duro ser bebé. Até os 4 meses de vida, o cérebro ocupava-se basicamente de processar o contacto com o mundo - ele não agia, só reagia. Fazia o bebe acordar se este estivesse repousado, chorar caso se sentisse com fome, dormir se estivesse cansado. Além disso, as informações que recebia através dos seus 5 sentidos provavelmente ainda eram indistinguíveis, e simultâneas. Nessa idade, mamar no seio da mãe é como uma overdose de sentidos: o tato, o olfato, o paladar, a visão e a audição (não é à toa que os bebes gostam tanto).
Essa mistura sensorial, conhecida como sinestesia, ainda não era o “bebe” o “ primeiro eu”. Segundo o neurologista português António Damásio, é só aos 18 meses que surge algo que pode ser chamado de "consciência mínima". Nesse momento, a integração entre os lobos frontal e parietal do cérebro fizeram a voz que lê este texto começar a balbuciar. O “eu” passou a reparar em coisas como salgado e doce, liso e áspero, quente e frio, barulhento e silencioso, luminoso e escuro, e começa a relacionar as coisas e a entender a relação entre causa efeito como por exemplo: a criança aprende o que pode ou não fazer. Percebe que, ao chorar mais alto, a mamadeira vem mais depressa. Portanto, vale a pena ser manhosa, pelo menos de vez em quando, além de se dar conta de que é apenas um ser e que existem e vários outros como ele, e mais tarde que o mundo não acaba ou para quando o céu escurece e fecha os olhos para dormir e recomeça quando acorda.
Mas desde sempre o contacto com a mãe existe e é fundamental para a criança mesmo quando esta esta ainda na barriga, toda a interação da mãe com ela e do meio em que a mãe se encontra é essencial e decisiva para a personalidade da criança, como toda a gente sabe o papel dos pais é muito importante para os filhos, pois estes tendem a seguir os seus exemplos, uma vez que os “outros” mais importantes e mais presentes nos primeiros anos são os pais. Com eles, exercitam uma das nossas grandes capacidades inatas: a de imitar. Os pais servem de referência para estabelecerem padrões de sentimentos e atitudes – o filho que imita o pai a barbear-se também conhece com ele formas de se relacionar com as mulheres, por exemplo e até mesmo preferências intelectuais. Tudo indica que a maneira como são criadas deixa marcas na sua vida. E essa crença é reforçada pela psicologia que também acredita que grande parte da personalidade dos filhos é “formada" e "modelada” pelos pais, uma vez que a genética nada interfere com o assunto.
Uma vez que assim é, os pais têm de ter um amor incondicional, paciência e acima ter um cuidado extremo com as palavras que utilizam, a educação dos filhos e as suas atitudes perante e para com eles, e uma capacidade de resolver problemas e questões surpreendente, visto que é preciso um árduo trabalho e que o mínimo pormenor fará toda a diferença.
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Diana Faria
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