sexta-feira, 15 de maio de 2015

BULLYING


A palavra bully é um verbo de origem inglesa, que significa intimidar, ameaçar, usar a superioridade física para intimidar alguém. O bullying diz respeito a uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio da violência, atitudes agressivas, físicas ou verbais, intencionais e repetidas, que ocorrem entre os estudantes sem um motivo específico, em que um indivíduo ou mais causam angústia e dor ao outro, estabelecendo assim uma relação desequilibrada de poder.
A desinformação e a naturalização contribuíram para que o bullying fosse retratado como uma atitude e comportamento típico da idade. Há pouca consciencialização sobre o bullying nos meios educacionais, evidenciando a incapacidade na actuação contra a violência. Ultimamente, a sociedade tem demonstrado preocupação com a violência no âmbito escolar, tendo em conta que o processo de escolarização desempenha um papel fundamental no processo de constituição do indivíduo.
Os “bullies”, normalmente, são indivíduos que pertencem a famílias desestruturadas, com pouco relacionamento afectivo e cujos pais exercem uma má supervisão sobre os filhos.
O comportamento agressivo ou explosivo é a solução para os conflitos, o que aumenta a probabilidade desses jovens se tornarem adultos anti-sociais e/ou violentos. São pessoas que não aprenderam a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para deixarem de agir. Isto faz com que os agressores consigam solidificar suas posições na hierarquia do grupo a que pertencem e/ou aumentarem a sua popularidade entre os colegas.
O agredido costuma ser uma pessoa que não dispõe de habilidades físicas e emocionais para reagir, tem um forte sentimento de insegurança e um retraimento social suficiente para impedi-lo de procurar ajuda. As vítimas não têm esperanças quanto à possibilidade de se adequarem ao grupo e apresentam dificuldades para criar novas amizades, algumas vítimas acreditam serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivas e não reagem aos actos de agressividade sofridos.
A vítima pode estar em desvantagem numérica, ser a mais nova, a menos forte, ou simplesmente ser menos confiante.
As outras pessoas não se envolvem e calam-se diante da violência por medo ou por não saberem reagir. As causas e as consequências desta violência são inúmeras, por isso, torna-se fundamental conhecer, interrogar e construir uma visão crítica sobre estes casos.
A violência pode transformar, modificar o indivíduo, tomando como consequências: desinteresse pela escola, provocando baixo desempenho escolar; isolamento social; ataques de pânico e ansiedade, devido ao stress constante;
Estes comportamentos expandiram-se por todo mundo, já identificados até mesmo na internet, é o chamado cibyerbullying.
Tipos de bullying: verbal, escrito, emocional, sexual e cibyerbullying.
É necessário tomar determinadas medidas, intervir contra a violência, tais como: sensibilizar agentes educativos; construir relacionamentos de confiança e segurança; supervisão; responsabilização dos danos.
                                         
                                                                                                                                   Sara Lopes

Sem comentários:

Enviar um comentário