sábado, 30 de maio de 2015

Necessidades e desejos no viver humano

Imaginando que queremos explicar a alguém qual a diferença entre desejos e necessidades , era uma tarefa bastante complicada pois , existe uma interpenetração ou seja penetração mútua , entre desejos  e necessidades , o que torna difícil a explicação da diferença.
As necessidades básicas , estão por um lado codificadas culturalmente e socialmente , dando o exemplo da fome , pois as culturas influenciam-nos no tipo de alimentos que escolhemos comer até a hora a que  os comemos .Por outro lado depende também dos desejos e vontades , pois , dando o exemplo da comida , nós só comemos o que gostamos .
Quanto á sexualidade , é mais influenciada pela construção social , quando por exemplo sentimos a necessidade de ser tocados por alguém que gostamos .Ou até o reconhecimento dos nossos familiares e amigos , por algo que conquistamos através de esforço e muito trabalho .
O desejo é a aspiração a algo que queremos ter por exemplo um  carro , ou até ser tão bonitos como o Tom Cruise , certos desejos são tidos como utopias , ou seja , sonhos , sendo que na minha opinião nada é impossível ,pois  para mim não existe a impossibilidade  de fazer algo desde que haja esforço para o mesmo .
Certos desejos tornam-se necessidades , pois sentimos a sua falta .
Sinceramente eu estou de acordo com o fundador da psicanálise Freud , que não acredita no conceito de desejo , para Freud não há desejo sem que antes haja a necessidade .
Freud dá o exemplo de um bebé com fome , que quando essa fome lhe é saciada ele sente a experiência do prazer . Se o seio da mãe for o portador do alimento o bebé associa o seio da mãe a uma fonte de prazer .
Acaba por haver uma associação : mamar responde á necessidade de alimento e satisfaz o desejo de prazer .


Só posso concordar com Freud , tenho a certeza que todas os bebés fazem este tipo de associações .




Diogo Lemos 12ºB

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Dúvidas , escolhas e motivações

Muitas vezes as dúvidas aparecem nas pequenas escolhas, como por exemplo: escolher entre este ou aquele caminho, uma ou outra roupa, ficar em uma ou outra fila no caixa, comer ou não um alimento, e outros tantos mais. O problema ocorre quando as consequências são mais complexas, valiosas ou definitivas, como, escolher uma profissão, encarar o desafio de um novo emprego ou ficar com a estabilidade do antigo, encontrar uma pessoa para um relacionamento amoroso, casar, ter filhos, separar, mudar, etc..
Mas, o que está por detrás de tantas dúvidas?

São muitas hipóteses, muitas motivações, desejos e necessidades e principalmente diversos critérios envolvidos por valores éticos, morais, religiosos, culturais, sociais e pessoais a serem definidos para se chegar a uma escolha coerente com o sentimento, sendo este, um importante motivo de incerteza. Por isso, procuramos fazer uma escolha e nos sentirmos bem com a decisão tomada.

O apoio de pessoas significativas e o tempo para a decisão são fundamentais para a escolha. Porém, geralmente a decisão é mais complexa do que se imagina, até porque se fosse simples, não geraria dúvidas.

A motivação é  um aspecto importante na hora de uma decisão, uma vez que é pela motivação que resulta a direção e a intensidade para as ações.  A dificuldade ocorre, quando os motivos são conflituosos

, ou quando o estado emocional afeta a autoestima e, portanto, a motivação. Vale lembrar que a falta de experiência em uma atividade e a necessidade, ou desejo, também afetam a motivação.

As escolhas são mais simples quando o risco é menor. Porém, mesmo diante de simples decisões, há sempre que se avaliar: o momento, o contexto, os sentimentos e as consequências, tanto para si, quanto para os outros, além de inúmeros outros fatores determinantes de uma “simples escolha”.



Adicionado a tudo isso, temos ainda que considerar algumas características de personalidade que interferem nas tomadas de decisões, como por exemplo:  pessoas que pensam que não podem errar, e que por isso, não conseguem escolher, quando o erro é uma possibilidade real. Pessoas que querem sempre agradar aos outros e que estão sempre abrindo mão de suas escolhas; ou, as que só pensam nos interesses próprios, não medindo as consequências para os demais envolvidos em suas decisões, pessoas que não admitem perder e que por isso, têm tantas dificuldades em escolher, até porque, escolher significa abrir mão da outra possibilidade, tem ainda, aquelas que querem que tudo aconteça do seu jeito e no seu tempo. E por aí vai…




Retirado da oficina de psicologia , por Diogo Lemos 12ºB

Sexualidade e adolescência

Sexualidade e adolescência são duas palavras que, quando estão juntas, concebem muita preocupação na nossa sociedade e suscitam sensações de alarme, sobretudo nos pais dos/as jovens. As mensagens veiculadas pelos meios de comunicação social, o início precoce da vida sexual e a “desvalorização” da adolescência enquanto etapa de crescente maturidade levam a que se tema a associação entre esta fase e a experimentação sexual.

 Contudo, há que ter em conta que os seres humanos são seres sexuados. A sexualidade e o desejo estão presentes em cada um de nós desde que nascemos até que morremos, embora evoluam e se alterem em cada idade e em cada indivíduo – incluindo crianças e adolescentes!

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define “saúde sexual” como “a integração dos elementos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser sexual por meios que sejam positivamente enriquecedores e que potenciem a personalidade, a comunicação e o amor” (OMS, 1975). Desta forma, a mensagem sobre sexualidade que a sociedade deveria transmitir aos jovens deveria ser a de uma vivência feliz e satisfatória, respeitadora da individualidade de cada um.

Para que os adolescentes sejam sexualmente responsáveis e felizes precisam, então, do apoio e da direcção isenta de julgamentos dos adultos. Precisam que sejam colocados ao seu alcance os conhecimentos e meios que os ajudem a crescer e a amadurecer emocional e sexualmente. Os estudos realizados mostram-nos que a educação e aconselhamento sexual conduzem a um início mais tardio da vida sexual, a uma maior utilização de contracetivos, a um menor número de parceiros, a uma menor probabilidade de gravidez precoce e a um maior conhecimento sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis e noções de fertilidade.


Assim, está nas mãos de pais e educadores capacitar os/as adolescentes e jovens para que assumam as suas próprias responsabilidades e atuem em parecença, dando resposta às suas necessidades e procurando a sua resolução. É desta forma que se torna mais fácil ajudar e apoiar a população jovem, pois aumentando o seu grau de autonomia ajudamo-los a crescer e a tornarem-se capazes de tomar decisões sobre o que querem fazer.

Retirado da oficina de psicologia ,por Diogo Lemos 12ºB

sábado, 23 de maio de 2015

Esquecimento, bom ou mau?


O esquecimento é normalmente associado a uma falha do cérbero ou até mesmo uma patologia que homem possa sofrer. Mas sem o esquecimento ser-nos ia impossível continuar a memorizar nova informação.

Portanto pode-se associar o esquecimento  a um filtro para a nossa memória daquilo que ainda nos é importante, chama-se a este processo função seletiva e adaptativa. A própria memória também apresenta um carácter adaptativo, pois ela é capaz de selecionar do todo aquilo a que somos expostos no dia a dia para apenas reter parte dela. Este processo acontece na transformação da memória a curto prazo para a de longo prazo em que por vezes a primeira é esquecida para dar lugar nova informação.

O esquecimento ainda assim pode ser algo mau para um indivíduo quando este sofre de esquecimento regressivo, este pode apresentar dificuldades ou tornar-se incapaz de reter novo conhecimento ou recordá-lo. Este tipo de esquecimento pode ser causado por degenerescência dos tecidos cerebrais e ataca sobretudo pessoas de certa idade.

Os esquecimentos podem ser divididos em 3 tipos:

- Por interferência de aprendizagem (a seleção da informação);














- Regressivo (devido a problemas biológicos no cérbero);













- Motivado (acontece quando é necessário esquecer algo negativo da nossa vida).










Eduardo Freitas

sexta-feira, 22 de maio de 2015

"Little Albert" de Watson

John Broadus Watson (1878 - 1958)
Hoje em dia, sabe-se que o que cada um de nós é, como ser humano único e individual, depende de fatores biológicos mas também de históricos e culturais. No entanto, nem sempre foi assim.
Acreditava-se maioritariamente, até ao início do séc. XX, que a genética por si só definia inexoravelmente a nossa personalidade e os nossos comportamentos. Foi John Watson, psicólogo norte-americano e fundador do “behaviorismo”, que se veio opor a estas teorias eugenistas, afirmando que são as experiências de vida que têm este papel determinista e que a educação de cada um e o ambiente onde cresce e vive é um fator muito mais poderoso do que o nosso próprio património genético. Defendendo que somos moldados pelo meio que nos rodeia, Watson realizou uma experiência com um bebé de 11 meses conhecida como “Little Albert”.


Na 1ª fase expôs a criança a um coelho branco, um rato branco, um macaco, máscaras com e sem pêlo, novelos de algodão, um jornal em fogo e a muitas outras situações às quais o bebé não reagia com medo nem demonstrava ansiedade, brincando até com alguns dos animais.


Numa 2ª fase da experiência, sempre que Albert tocava no rato branco ouvia um barulho alto e ameaçador que, de tão violento, punha o bebé a chorar e com medo de todas as vezes que o ouvia. Após este processo se repetir muitas vezes, cada vez que via o rato, mesmo sem Watson fazer o barulho, Albert chorava e ficava ansioso. Consequentemente, quando via o coelho branco ou uma máscara com barba branca a criança tinha a mesma reação. Ou seja, ganhou medo a qualquer coisa felpuda e branca, devido às experiências a que foi sujeito.


UCS - Unconditional Stimulus; UCR - Unconditional Response;
CS - Conditional Stimulus; CR - Conditional Response;
NS - Neutral Stimulus

Esta experiência é semelhante à de Pavlov que, sabendo que os cães salivam naturalmente quando veem comida, associou este estímulo incondicionado com a apresentação de um estímulo neutro (som da campainha). Também aqui, num método análogo, Watson fez com que Albert que anteriormente não temia ratos brancos, passasse a ter medo destes, demonstrando que o medo é condicionado e não inato, atribuindo grande importância à nossa educação e aos traumas a que somos sujeitos ao longo da vida.

Cristina Campos, nº5, 12ºA


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Natureza VS Nurture



A natureza em oposição a nurture é uma das mais antigas questões filosóficas dentro da psicologia.
A natureza refere-se a todos os genes e fatores hereditários que influenciam quem nós somos, desde as nossas características físicas às características da nossa personalidade.
Nurture refere-se a todas as variáveis ​​ambientais que exercem impacto sobre quem somos, incluindo as experiências da primeira infância, as nossas relações sociais, e a cultura que nos é transmitida.
A grande questão é “O que nos torna humanos?” e a esta se seguem outras como “O que distingue os homens dos animais?”, “É o nosso comportamento influenciado pela genética ou por fatores ambientais?”, “A nossa personalidade é o resultado das experiências de vida ou resulta de traços herdados?”
Alguns filósofos, como Platão e Descartes, sugeriram que certas coisas são inatas, são independentes de influências ambientais. Outros pensadores bem conhecidos, como John Locke, acreditavam no que é conhecido como “tabula rasa”, o que sugere que a mente começa como uma tábua em branco. De acordo com esta noção, tudo o que somos e todo o nosso conhecimento é determinado pela nossa experiência.
Porém, a interação de hereditariedade e ambiente é muitas vezes o fator mais importante. Kevin Davies, descreveu um exemplo fascinante deste fenómeno: arremesso perfeito é a capacidade de detectar o tom de um som musical, sem qualquer referência. Os pesquisadores descobriram que essa capacidade tende a estar presente em certas famílias e acreditam que pode ser vinculado a um único gene. No entanto, eles também descobriram que possuir o gene sozinho não é suficiente para desenvolver esta habilidade. Em vez disso, a formação musical durante a primeira infância é necessária para permitir que o indivíduo manifeste a capacidade que herdou.


Hoje, a maioria dos especialistas acredita que o comportamento e desenvolvimento são influenciados tanto pela pelos fatores premeditados, os genes, como pelos fatores externos, pela socialização no meio em que os indivíduos estão inseridos.

Elisabete Marinho 12ºA

sexta-feira, 15 de maio de 2015

BULLYING


A palavra bully é um verbo de origem inglesa, que significa intimidar, ameaçar, usar a superioridade física para intimidar alguém. O bullying diz respeito a uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio da violência, atitudes agressivas, físicas ou verbais, intencionais e repetidas, que ocorrem entre os estudantes sem um motivo específico, em que um indivíduo ou mais causam angústia e dor ao outro, estabelecendo assim uma relação desequilibrada de poder.
A desinformação e a naturalização contribuíram para que o bullying fosse retratado como uma atitude e comportamento típico da idade. Há pouca consciencialização sobre o bullying nos meios educacionais, evidenciando a incapacidade na actuação contra a violência. Ultimamente, a sociedade tem demonstrado preocupação com a violência no âmbito escolar, tendo em conta que o processo de escolarização desempenha um papel fundamental no processo de constituição do indivíduo.
Os “bullies”, normalmente, são indivíduos que pertencem a famílias desestruturadas, com pouco relacionamento afectivo e cujos pais exercem uma má supervisão sobre os filhos.
O comportamento agressivo ou explosivo é a solução para os conflitos, o que aumenta a probabilidade desses jovens se tornarem adultos anti-sociais e/ou violentos. São pessoas que não aprenderam a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para deixarem de agir. Isto faz com que os agressores consigam solidificar suas posições na hierarquia do grupo a que pertencem e/ou aumentarem a sua popularidade entre os colegas.
O agredido costuma ser uma pessoa que não dispõe de habilidades físicas e emocionais para reagir, tem um forte sentimento de insegurança e um retraimento social suficiente para impedi-lo de procurar ajuda. As vítimas não têm esperanças quanto à possibilidade de se adequarem ao grupo e apresentam dificuldades para criar novas amizades, algumas vítimas acreditam serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivas e não reagem aos actos de agressividade sofridos.
A vítima pode estar em desvantagem numérica, ser a mais nova, a menos forte, ou simplesmente ser menos confiante.
As outras pessoas não se envolvem e calam-se diante da violência por medo ou por não saberem reagir. As causas e as consequências desta violência são inúmeras, por isso, torna-se fundamental conhecer, interrogar e construir uma visão crítica sobre estes casos.
A violência pode transformar, modificar o indivíduo, tomando como consequências: desinteresse pela escola, provocando baixo desempenho escolar; isolamento social; ataques de pânico e ansiedade, devido ao stress constante;
Estes comportamentos expandiram-se por todo mundo, já identificados até mesmo na internet, é o chamado cibyerbullying.
Tipos de bullying: verbal, escrito, emocional, sexual e cibyerbullying.
É necessário tomar determinadas medidas, intervir contra a violência, tais como: sensibilizar agentes educativos; construir relacionamentos de confiança e segurança; supervisão; responsabilização dos danos.
                                         
                                                                                                                                   Sara Lopes

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Psicologia




A psicologia é o estudo científico do comportamento e das funções mentais do ser humano. A palavra psicologia provém dos termos gregos psico (alma ou atividade mental) e logia (estudo).
Um profissional que trabalhe neste campo é chamado de psicólogo, a sua função é tentar compreender o papel das funções mentais no comportamento individuas e social, estudando também os processos fisiológicos e biológicos que acompanham os comportamentos e funções cognitivas.
Segundo o psicólogo austríaco H. Rohracher, psicologia “é a ciência que investiga os processos e estados de conscientes, assim como as suas origens e efeitos”.
A psicologia procura descrever sensações, emoções, pensamentos, perceções e outros estados motivadores do comportamento humano. Sendo que os comportamentos dos animais são estudados pela etologia.
Grande parte das investigações em psicologia são feitas através do método de observação, sendo a observação mais utilizada a observação sistemática, delimitada pelas condições do que se pretende observar. Noutros casos, a observação é ocasional, isto é, não se segue um plano pré-estabelecido.
O psicólogo alemão Wilhelm Wundt (1832-1920) foi o fundador do primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig, Alemanha (1879). A psicologia experimental surgiu na Alemanha com Wundt e em França com Ribot, que se expandiu mediante a investigação do pensamento, da vontade, dos reflexos condicionados (Pavlov), da introdução da análise fatorial (Ch. Spearman) e finalmente, da medição da inteligência (A. Binet).
A partir dessas investigações experimentais, deu-se a separação entre a Filosofia e uma nova disciplina que foi denominada Psicologia Moderna.

  • ·         Psicologia Social

Psicologia social é o ramo da psicologia que obteve maior desenvolvimento na primeira metade do século XX. Tem como objeto de estudo o comportamento social dos seres humanos no contexto de grupos e aborda fenômenos como o encontro social, interdependência e interação social.
  • ·         Psicologia organizacional

Relacionada com a psicologia do trabalho, a psicologia organizacional estuda os fenômenos que ocorrem no contexto de organizações e instituições. Considera também situações do processo laboral e situações relacionadas com a gestão de recursos humanos.
  • ·         Psicologia infantil


Área da psicologia evolutiva que se ocupa da investigação e estudo das manifestações psíquicas na idade infantil. Desde a obra inovadora de W. Preyer (Die Seele des Kindes, 1888), a psicologia infantil nos EUA (S. Hall), na Suíça (J. Piaget) e na Alemanha (K. Groos) se transformou em uma ciência ramificada onde a psicanálise e a psicologia individual têm um papel importante. Para além do registro de cada um dos períodos evolutivos, são investigadas diversas funções em particular, como a evolução da fala, da memória, dos sentimentos do valor, etc.

                                                                                                                                 Ana Silva, 12ºA

terça-feira, 12 de maio de 2015

Emoções





As emoções são o primeiro modo de comunicação e de relação do bebé com o mundo que o rodeia. As manifestações  emocionais do bebé são vitais, porque correspondem a sinais que visam mobilizar os adultos no sentido de lhe proporcionarem o que é necessário.
É através das emoções que comunica com a mãe, ou com outro cuidador, elaborando um sistema de troca através de gestos, mímicas e expressões faciais (choro, grito, sorriso), que posteriormente é interpretado pelo adulto.

Mas na verdade o que é a emoção?
•  A emoção e uma experiência subjectiva que pode ser acompanhada por reacções orgânicas (modificando  o ritmo cardíacos, respiratório, tensão muscular, etc);
•  A emoção é uma reacção de grande intensidade, mas de curta duração provocada por situações novas ou inesperadas;
•  Na emoção existe forte influência dos instintos;
•  As emoções reflectem-se em alterações corporais através de gestos, movimentos, expressões faciais, aceleração do ritmo cardíaco, etc;
•  As emoções caracterizam-se pela sua polaridade: são positivas ou negativas. A qualidade positiva ou negativa da emoção vária de intensidade. (muito ou pouco);
•  As emoções são dirigidas para o exterior;
•  Através das emoções reconhecemos o elemento que as desencadeou.

  • Teorias sobre as Emoções:
 Segundo alguns autores as emoções depende de dois factores:

    a) A natureza da situação que desencadeia a reacção emocional; 
    b) A natureza do sujeito. 
Porém qual destes factores é o mais determinante?
A Teoria Fisiológica ou Periférica fundamente que o factor determinante é a alínea a), enquanto que a Teoria Cognitivista afirma que o factor determinante é a alínea b). 

1) Teoria Fisiológica (William James):  William James (1842-1910) defendeu que as mudanças fisiológicas precedem a experiência e as condutas emocionais, isto é, a percepção da situação vai desencadear uma dada reacção orgânica imediata que origina uma emoção. É após a tomada de consciência das mudanças fisiológicas que estão ocorrer que proporciona uma emoção positiva ou negativa.
    Exemplo: Não nos sentimos tristes e depois choramos, mas choramos primeiro e depois sentimo-nos tristes. 
Não tememos primeiro e depois trememos, mas trememos e a seguir tememos. 
Eu não fujo porque tenho medo, eu tenho medo porque fujo. E o tomar consciência das pernas a tremer, do coração a bater e da respiração ofegante que me faz sentir medo.
Existe uma relação entre o corpo e a mente, que se influenciariam mutuamente.
O corpo através das manifestações fisiológicas e a mente o tornar consciente.
  • Ainda de acordo com esta teoria, seria deste modo possível anular ou gerar emoções agindo sobre as reacções orgânicas. 
          Exemplo:Se estou a ficar colérico (violento), posso fazer desaparecer esta emoção relaxando os braços, os punhos, a face, descontraindo o corpo, falando tranquilamente, etc.


2) Teoria de Cannon-Bard: Procura ultrapassar as dificuldades da teoria anterior. Afirma que tanto a activação fisiológica como a emocional é simultaneamente produzida pelo mesmo impulso nervoso, activado pelo hipotálamo e o sistema límbico. 

3) Teoria Cognitivista: A emoção depende da percepção que o sujeito tem de uma dada situação. A representação segue-se a emoção que provoca por sua vez uma dada reacção orgânica. Perante uma dada situação, o sujeito reage de acordo com a sua personalidade, a sua conduta habitual e o seu modo próprio de ver as coisas.
É o modo como eu encaro uma situação, como a interpreto, que causa a emoção, e não a situação ou o acontecimento propriamente dito. Exemplos que explicitam melhor esta Teoria.
Exemplo: Zango me com uma pessoa, porque interpreto o seu comportamento como ofensivo. Não e o comportamento da pessoa em si que provoca a minha raiva, mas o facto de eu o interpretar como tal.
O modo como eu avalio uma situação, acontecimento, comportamento é que vai desencadear uma emoção negativa ou positiva. Como considero aquilo ofensivo vou obter raiva, se pelo contrário eu não o tivesse interpretado desse modo, provavelmente não lhe iria atribuir qualquer significado. É relevante salientar, que esta avaliação depende da nossa história pessoal, e do nosso  contexto de vida.
  • Para além deste facto, alguns autores acham um elemento essencial das nossas emoções, que é a preparação do indivíduo para reagir.
          Exemplo: Uma pessoa preparada para encarar a dor sente uma dor subjectiva menor do que o indivíduo que procura evitá-la.
  • Também de acordo com esta teoria, a emoção depende, por exemplo, da ligação que temos com as coisas.   
         Exemplo: Se comunicamos a alguém uma noticia desagradável sobre uma pessoa que lhe é querida, a noticia certamente que o emociona. Mas se a pessoa lhe for totalmente desconhecida, certamente que a noticia o deixa indiferente. 

4) Teoria Culturalista: As emoções são aprendidas no processo de socialização. Cada cultura tem as suas próprias respostas emocionais aos vários acontecimentos ou situações.
 Exemplo : Em algumas culturas, não se admite que os homens chorem, enquanto noutras a expressão das emoções pelo choro e valorizada.
Independentemente do sexo, modo como se chora, quem pode chorar, onde se chora, varia de cultura para cultura. Em certas culturas, aceita-se como natural que os homens se cumprimentem com um abraço ou um beijos, noutras, este comportamento e considerado inaceitável.


  • A Razão e a Emoção:

António Damásio considera que a selecção das melhores opções não é necessariamente produzidas através do raciocínio. 
Durante muito tempo, considerou-se que, para se tomar uma decisão, a melhor decisão, as emoções teriam de ficar de fora porque só poderiam prejudicar a escolha da melhor opção, no entanto e de notar que Damásio não advoga que a emoção substitua a razão. Reconhece até que, em muitas circunstâncias, somos perturbados por fortes emoções, somos levados a fazer opções erradas. 
Na tomada de decisões a razão e a emoção devem ser  simultaneamente a base das nossas decisões.


Cátia Magalhães 12ºA











sexta-feira, 8 de maio de 2015

Eutanásia - viver é um direito, não uma obrigação!

     Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um doente incurável, de maneira controlada e assistida por um especialista. Em sentido amplo, é a morte sem sofrimento físico; em sentido estrito, é a ação de pôr termo voluntariamente e de forma indolor à vida de uma pessoa. Esta palavra deriva do grego euthanatos, onde eu significa “bom” e thanatos, significa “morte”. Traduzido como “boa morte”, o termo é sinónimo de morte sem dor.


     Eu defendo a prática e legalização da eutanásia, pois esta permite evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal e sem qualidade de vida. Na minha opinião, a eutanásia deveria ser legalizada, pois cada um de nós deveria ter o direito de decidir aquilo que pretende fazer com a sua vida. O Homem é proprietário do seu corpo, logo deveria ter liberdade de escolha, pois sabe melhor do que ninguém aquilo que deseja. No entanto, defendo que só o doente deve tomar essa decisão. E tem de ser uma decisão consciente e informada.




     Quem condena a prática de eutanásia utiliza frequentemente o argumento religioso de que só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico não deve interferir nesse dom sagrado. No entanto, se Deus criou o Homem como um ser inteligente e livre ele devia, para além de ter o direito à vida, também ter o direito à morte. Assim, não lhe pode ser negado o direito de escolher a forma como quer morrer e o dia da sua morte. Outra ideia ainda a ter em conta é que, para os crentes, a vida na Terra é apenas uma passagem, logo a morte não é vista como um fim, mas sim como o início de uma vida melhor.






     Relativamente ao facto da lei em Portugal não permitir a prática da eutanásia, através de vários estudos e sondagens realizados, verificou-se que grande parte da população gostava que a lei fosse alterada. Por exemplo, Rui Nunes, sociólogo, efetuou um estudo muito interessante, ao escolher uma população com mais de 65 anos e sem doença terminal. Ou seja, escolheu uma faixa etária que por estar mais próxima do final da vida, está mais predisposta a pensar na morte. O estudo revelou que mais de 50% dos inquiridos defenderam a legalização da eutanásia.






   Resta-me dizer que todos os anos ocorrem casos de eutanásia em vários países, seja ela ou não legalizada. Um caso muito conhecido foi o de Ramón Sampedro, que aos 26 anos ficou tetraplégico. Ele planeou a sua morte ao fim de 29 anos, depois de ter pedido autorização para morrer, e dos juízes espanhóis terem negado. A sua vida está retratada no filme Mar Adentro (*), onde afirma que “a vida assim não é digna para mim” e que “viver é um direito, não uma obrigação”.

viver é um direito, não uma obrigação

     Assim, posso concluir que a eutanásia deve ser legalizada, porque o desejo de morrer para acabar com o sofrimento deve ser respeitado e as pessoas têm o direito de morrer com dignidade.

(Por Rita Pereira in bibliblogue.wordpress.com)

João R. Abreu 12ºB

quinta-feira, 7 de maio de 2015

              Desejo vs. necessidade emocional              


Mesmo depois de um monte de auto-cuidado, um coração com fome de intimidade pode ocasionalmente expressar o seu desejo em ansiedade ou desespero. Não devemos confundir o desejo perfeitamente natural com uma necessidade emocional. A melhor maneira de encontrar livremente amor num relacionamento seguro é abordá-lo com desejo, e não necessidade emocional.

"Liberdade para amar".  Ser livre para fazer algo e dever de ser livre para não o fazer. Somos livres para amar quando não somos forçados a isso em vãs tentativas de aliviar a culpa, vergonha medo de abandono ou por esforços equivocados para compensar os erros do passado ou, pior de tudo, por má interpretação, sentimentos vulneráveis como sinais de necessidade emocional.

Uma necessidade emocional é uma preferência ou desejo, o dever de ser gratificado para manter o equilíbrio, ou seja, não podemos estar bem ou sentimo-nos inteiros sem ele.


A percepção da necessidade começa com um aumento na intensidade emocional, sentimos mais fortemente como fazer isto ou ter aquilo. 



Quando a emoção de repente se levanta, o nosso cérebro confunde preferências e desejos com                   necessidades biológicas.
Normalmente não sentimos que respiramos, até que tenhamos dificuldade ao fazê-lo. Nesse ponto, temos uma intensidade emocional elevada necessidade de a necessidade de sobrevivência. Da mesma forma, normalmente não sentimos nada quando o nosso parceiro está ocupado com algo. Mas quando falamos com ele, e ele parece ignorar nos,  a nossa intensidade emocional fica susceptível a um aumento, tal como o desejo de ter a sua  atenção, que parece ser uma necessidade e em vez de nos tentarmos envolver no interesse do nosso parceiro, porque estamos apenas a deseja-lo, ou ate mesmo a exigi-lo, porque queremos e "precisamos" e então punimo-lo por não atender às nossas necessidades, este é o nosso "hábito", de interpretar preferências e desejos como "necessidades".

A intensidade emocional pode subir e descer por um grande número de razões, a maioria dos quais têm pouco significado psicológico.
 Mesmo que a associação seja artificial e acidental, quando aumenta a intensidade emocional, esta estimula uma percepção de necessidade, a percepção, por sua vez, aumenta a intensidade emocional.
 Em outras palavras, a percepção da necessidade torna-se um auto-reforço: "Eu sinto que, por isso, eu preciso disso, e se eu precisar disso, eu tenho que sentir que preciso mais disso."
Este recurso de auto-perpetuação da percepção da necessidade é predominantemente inconsciente . Por exemplo, se nos percebemos que temos necessidades emocionais, sentimo-nos mal de qualquer forma, por qualquer motivo, porque as nossas necessidades não estão a ser atendidas. Não importa que estejamos cansados, a ser ineficazes no trabalho, stressados ou, mais importante, se estamos a maltratar ou de alguma outra forma, a violar os nossos valores mais profundos; a razão pela qual nos sentimos tratasse apenas de não entenderem ou atenderem às nossas necessidades.
Uma vez que o cérebro se torna convencido de que precisa de algo, busca o que necessita, o que pode facilmente parecer obsessão, compulsividade, ou vicio. Em termos de motivação , necessidades emocionais quando percebidas são bastante semelhantes aos vícios. 
Há quem tenha fortes necessidades emocionais e as descreva com as suas relações que soam muito mais como um vício do que como desejo:

                                     "Eu não posso viver sem ela."
                                     "Não sei o que faria sem ele."
                                     "Ela é minha droga."
                                     "Eu não posso enfrentar o dia sem uma dose dela. "
                                     "Eu preciso dele para ser feliz"

Enquanto o corpo contribui em um nível para o vício, a mente decide exclusivamente que temos uma necessidade emocional. O sentimento pode tornar-se tão poderoso que nos faz acreditar que temos buracos dentro de nós que alguém deve preencher. Isso é uma suposição falsa, trágica e que quase sempre leva a mau relacionamentos ou relacionamentos infelizes. Ninguém tem buracos no interior, apenas a necessidade de valor, amor e atenção.
                           
                                                                                                                               Diana Faria


                                                                                                                                            

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A teoria de Abraham H. Maslow

Maslow concebeu uma teoria da motivação que está intimamente relacionada com a hierarquia das necessidades que propõe.
A "Pirâmide de Maslow" demonstra que nem todas as necessidades têm a mesma importância.
Na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas e no topo as necessidades de auto-realização, as de elevada importância.
Consoante o ser humano vai satisfazendo as necessidades básicas, vai ascendendo na pirâmide para necessidades mais elevadas e complexas. Se a vida não apresentasse obstáculos, o ser humano progrediria até ao topo.

   As necessidades descritas por Maslow são, por ordem crescente, as seguintes:
1.Necessidades Fisiológicas: representam as necessidades instintivas de sobrevivência tais como a alimentação, o descanso, a protecção contra elementos naturais, etc.
2.Necessidades de Segurança: surgem quando estão satisfeitas as necessidades fisiológicas e representam as necessidades de estabilidade e segurança no emprego e de protecção contra privações, perigos e ameaças.
3.Necessidades Sociais:incluem as necessidades de participação,afecto, amizade e amor. Surgem após a satisfação das necessidades primárias.
A sua insatisfação pode levar à falta de adaptação social e à auto-exclusão.
4.Necessidades de Auto-estima: correspondem às necessidades de respeito próprios (autoconfiança, aprovação e consideração social, prestígio profissional, dependência e autonomia).
Quando estas necessidades não são adquiridas podem conduzir a sentimentos de inferioridade e ao desânimo.
5.Necessidades de Auto-Realização: surgem após a satisfação de todas as restantes necessidades, representando as necessidades humanas mais elevadas tais como a necessidade de conseguir o desenvolvimento pessoal através da utilização de todas as suas capacidades e potencialidades. Contudo, existem muitas pessoas que não concretizam a necessidade de auto-realização devido a diversas circunstâncias, daí a apatia e a alienação.

Concluindo, apesar de actualmente ser considerada como desajustada e demasiado redutora da realidade das necessidades humanas, a "Pirâmide de Maslow" continua a merecer a atenção dos académicos e gestores por ser considerada como a primeira tentativa de caracterização das necessidades do Homem.

Ana Rita Araújo


terça-feira, 5 de maio de 2015

Psicologia Educacional

    A Psicologia Educacional é a área da psicologia que aborda todas as problemáticas referentes à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos. A Psicologia Educacional busca incessantemente respostas para questões tais como: quais os mecanismos de aprendizagem promotores de desenvolvimento? Quais as metodologias educacionais mais eficazes? E qual o contexto escolar mais eficiente? A sua abrangente consideração estende-se da especificidade do indivíduo até à política institucional por ele frequentada. 
    O psicólogo desta área dedica-se prioritariamente à avaliação e diagnóstico de dificuldades de aprendizagem ou necessidades educativas especiais, desenvolvendo e aplicando estratégias de reeducação e intervenção psico-pedagógicas adaptadas às problemáticas individuais. Intervém a nível individual, de grupo, institucional ou comunitário.  A par da intervenção individualizada com o aluno e a família, frequentemente o psicólogo educacional articula com outros técnicos intervenientes no processo académico, nomeadamente educadores e docentes. Ou seja, interessa-se com a forma como os alunos aprendem e se desenvolvem, por vezes em subgrupos particulares como crianças com determinada deficiência. Existem vários métodos para se fazer a avaliação e diagnóstico das dificuldades de aprendizagem anteriormente mencionadas, entre elas: sessões de grupo com educadores e professores; conversas, colóquios ou conferências sobre temáticas propostas por alunos, educadores, professores e pais e avaliação colectiva ou individual. 
    A Psicologia Educacional é essencial para o desenvolvimento humano, pois este passa por várias etapas e fases da vida. O seu objectivo é a promoção da qualidade e do desenvolvimento das pessoas. 




Catarina Carneiro 12ºA

Relações Precoces

Resultado de imagem para relações precocesAs relações precoces são as relações que o bebé estabelece com a mãe e outro adultos que cuidam dele, sendo que estas relações são responsáveis pela construção do nosso eu, que é formado pelo que pensamos, sentimos e aprendemos. 
A imaturidade do bebé é um elemento decisivo no processo de desenvolvimento torando-o dependente dos adultos, por mais tempo. Para que aqueles que o rodeiam possam satisfazer as necessidades do bebé, este possui certas competências, como a de comunicar:

  • Regulação mútua: é o processo em que existe a resposta a estímulos bidirecionais de modo adequado e visando o equilíbrio da própria relação.
  • Sujeito ativo: emite sinais daquilo que pretende e responde, com agrado ou desagrado, ao tratamento disponibilizado.
Para se expressar o bebé possui certas estratégias comportamentais, como por exemplo:

    Resultado de imagem para relações precoces
  • Sorriso:
    • Após o nascimento – sorrisos automáticos, reflexos e involuntários
    • Das 6 às 12 semanas – sorri como meio de comunicação intencional
    • Aos 6 meses – sorri apenas para quem conhece – sorriso social
  • Choro – manifesta uma necessidade ou um mal-estar.
    • Choro básico de fome
    • Choro de raiva
    •  Choro de frustração
    •  Choro de dor
  • Expressões faciais – são o manifesto das emoções. Têm um valor comunicacional porque transmitem uma mensagem com expectativa de uma resposta.
  •  Vocalizações – são uma resposta às vocalizações dos adultos. Chama-se de lalação ao tipo de vocalizações produzidas entre os 3 e os 6 meses.


Luís Aprígio 12ªA