A escola comporta hoje em dia uma responsabilidade extrema para os adolescentes, sobretudo para aqueles que pretendem ingressar nos cursos superiores mais desejados. A competitividade instalou-se de forma determinante, fazendo parte da vida dos nossos jovens cada vez mais cedo no seu percurso escolar. A busca por notas e médias elevadíssimas leva-os, muitas vezes, a horas intermináveis de estudo e a um desgaste imenso, podendo surgir dores de cabeça, dificuldades em dormir, dificuldades de concentração, etc.
Assim, não é raro que estes jovens sintam níveis intensos de ansiedade, sobretudo em momentos de avaliação, que prejudicam o estudo. Surgem pensamentos negativos que impedem o seu melhor desempenho e que, provocando um rendimento mais baixo, tornam o/a estudante mais nervoso. Sentindo-se esgotado e incapaz, deprime. Forma-se, assim, um ciclo vicioso negativo que é difícil de inverter.
De facto, muitas das situações de insucesso escolar acabam por estar mais relacionadas com problemas de ansiedade perante as avaliações do que associadas a dificuldades de aprendizagem. Nestes casos, o/a jovem assimilou os conteúdos, estudou adequadamente, mas não consegue uma boa realização do teste ou do exame, porque “bloqueia” ou “tem brancas”. Estas manifestações são típicas da ansiedade e deixam os/as estudantes frustrados, pois não conseguem demonstrar o que sabem, acabando, tantas vezes, por ser prejudicados nas avaliações atribuídas no final do período ou do ano escolar.
Assim, é da maior importância que professores e pais estejam atentos a estes alunos e aos sinais que apresentam (dores de barriga, dores de cabeça, falta de apetite, vómitos ou enjoos, etc). Uma intervenção especializada pode ajudá-los/as a ultrapassar a ansiedade e a atingir novos níveis de desempenho, contribuindo posteriormente para um aumento da autoconfiança e da autoestima. Desta forma, inverte-se o tal ciclo negativo e permite-se aos/às jovens ter uma vivência escolar mais saudável e feliz.
Diogo Lemos 12ºB
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