(*Quebra o estereótipo)
O conhecimento científico pretende, através do método
científico, observar, criar e colocar hipóteses, para depois experimenta-las,
submete-las à verificação para então posteriormente generalizar e formular uma
lei. Uma lei universal, verificável, racional e objectiva. Sendo o conhecimento científico racional,
sistemático, rigoroso, exacto e verificável, consideramo-lo como o mais
consensual e objectivo, por isso colocamo-lo no topo da pirâmide do
conhecimento. Estando este conhecimento sujeito a erros, quanto mais nos outros
tipos de conhecimento, como por exemplo: o conhecimento de senso comum.
Sendo o estereótipo um exemplo de senso comum, resultante do
conhecimento Empírico ou conhecimento vulgar. Caracterizado como: popular, sem
qualquer método, um conhecimento ao acaso, ingénuo, com base apenas na
observação espontânea e em deduções simples, logo propício a erros. Até que
ponto podemos confiar e usa-lo?
Estereótipo é uma imagem preconcebida de determinada pessoa,
coisa, situação, grupo, etnia, religião,… é um julgamento, um juízo de valor,
não fundamentado, maioritariamente depreciativo, pejorativo e abusivo.
Estereótipos estão enraizados na nossa sociedade, na nossa visão e percepção do
mundo. Estamos como programados para isso: na literatura, na televisão, no
cinema, há sempre personagens tipo, que descrevem a nossa sociedade. Como por
exemplo: mulheres loiras retratadas como fúteis e ignorantes; pessoas com
excesso de peso como os excluídos, políticos como mentirosos, alentejanos como preguiçosos,
…
Teremos nós uma visão do mundo tão fútil, corriqueira,
simples e redutora daquilo que nos rodeia, que temos que apartar e rotular
tudo?
Cabe-nos a nós diminuir esta discriminação e preconceito que
aceitamos como verdadeiro. Caso nós fizéssemos uma análise atenta e realista
destes estereótipos e usasse-mos um método eficaz e universal, tudo cairia por
terra.
Liliana Lopes
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