segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Estudo da obra Memorial Do Convento



Palácio De Mafra
    A obra de José Saramago é muito diversificada, na medida de que este relata acontecimentos relativos aos nossos antepassado, falando nos um pouco sobre a história de Portugal.
   Na minha opinião, o estudo desta obra é estremamente importante, pois os acontecimentos citados não são muito diferentes ao que acontece atualmente na nossa sociedade.
   José Saramago, crítica aspetos religiosos, políticos e sociais no século: XVIII, durante o reinado de D.JoãoV e da Inquisicão. Abundância crítica presente, surgere ao leitor a possibilidade de refletir um pouco sobre o mundo que lhe rodeia. 
   Saramago conta-nos aspetos da relacão entre o rei D.joão V e da rainha D.Maria Ana Josefa, um casal de conveniência, que se encontra unicamente duas vezes por semana para cumprir o dever real. O rei, sobe simplesmente para a cama da rainha e do mesmo modo deixa-a, não falam nem dormem juntos. Casamento infeliz, sem amor, dando apenas importância ao poder e ao dinheiro. D.João V com essas atitudes revela ser uma pessoa vaidosa, egocêntrico, megalómano e que governa consoante os seus desejos e sonhos, sem que os meios justificam o fim, desprezando assim a miséria dos pobres e sacrificando o povo e a riqueza do país em nome da concretização do convento franciscano, promessa feita ao frade, com a intensão de conseguir ter um herdeiro.
Blimunda
    Em constraste com este casal, temos Baltasar e Blimunda, embora sejam um casal ilegítimo por não se terem casado oficialmente, vivem um amor puro e verdadeiro, do que o casal real que tanto relevo dá à religiosidade.
Blimunda tem uma grande firmeza interior, e aceita a vida e oferece-se em silêncio sem orgulho nem submissão. Blimunda é o que é. Apesar da vida simples e pobre, à ela é dado o direito ao amor, à liberdade, à plenitude.
Passarola
 No final da obra, quando esta procura Baltasar durante nove anos, revela ainda uma faceta corajosa e persistência, disposta a tudo para conseguir encontrar o seu amor perdido.
   A crítica religiosa é demostrada pela ambicão do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão. O sonho dele de um dia poder voar, construindo uma máquina, a Passarola. A concretização deste sonho chega a ser uma obsessão, passado por cima de alguns valores religiosos.
   O envolvimento do rei D.joão V com a Madre Paula do Convento de Odivelas, entregando-se aos prazeres pecaminosos e imorais da carne, e orgulhando-se dos seus abundantes bastardos. 
Porém, a rainha também tem atitudes de infidelidade, pois esta tem sonhos com o seu cunhado D.Francisco.
   Atualmente, nós também nos deparamos com estas atitudes. Casamentos por interesses, o poder, o dinheiro que compra muita coisa, a ambição, o egoísmo, são aspetos presente na nossa sociedade, no entanto tambem temos o modelo de perfeicão tal como José Saramago, o verdadeiro amor, a fidelidade, a relacão de intimidade, dando importância à felicidade, a humildade, aos valores...
   Apesar da vida ser dura, se quisermos conseguiremos torna-lá como um paraíso, tendo sempre como base a capacidade de amar, independentemente do nosso estatuto social, porque há coisas que o dinheiro não compra. Este lema de vida é evidenciado neste romance, sendo esta a mensagem que mais quis Saramago transmitir, com ajuda da criação de algumas personagens.
José Saramago, Memorial Do Convento


    Em suma, permite nos com esta obra refletir da importância de ver o mundo de forma verdadeira, sem máscaras, sem hipocrisia, e isso só é permitido a pessoas sensíveis, aquelas que entendem que nem sempre ter olhos é saber ver. E, assim, revendo o passado com o olhar crítico da atualidade, Saramago nos convida, através do romance, a questionar o sentido das coisas, não nos submetendo passivamente aos modelos de comportamentos sociais que nos são impostos.
É preciso vencer a cegueira e viver intensamente.











       Cátia Magalhães 12ºA

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