Alfred Charles Kinsey foi um entomologista e zoólogo norte-americano. Em 1947, na Universidade de Indiana, fundou o Instituto de Pesquisa sobre Sexo. As suas pesquisas sobre a sexualidade humana influenciaram profundamente os valores sociais e culturais dos Estados Unidos, principalmente na década de 1960, com o início da chamada "revolução sexual".
Kinsey queria que a educação sexual fosse abordada numa única disciplina e conseguiu criar a disciplina acadêmica de sexologia. Após muita persistência, em 1935 Kinsey conseguiu recursos financeiros junto à Fundação Rockefeller, iniciando a sua pesquisa sobre a sexualidade humana. Montou e treinou uma equipa que veio a entrevistar milhares de pessoas em todo o território dos Estados Unidos. Na sua tese, Kinsey colocou todos os atos sexuais ao mesmo nível moral, social e biológico, dentro ou fora do casamento, entre pares do mesmo sexo ou de sexo diferente, com crianças e até com animais.
Grupos conservadores, especialmente cristãos, atacaram Kinsey devido aos dados dos seus estudos, considerando-o imorais. Por isso, Kinsey declarou que o problema era que a sociedade estava condicionada por normas tradicionais fazendo crer que a atividade heterossexual dentro do casamento era a única correta.
Publicou em 1948 um livro intitulado «O comportamento sexual nos homens» e em 1953 o segundo volume intitulado «O comportamento sexual nas mulheres».
Com um resultado prático dos estudos de Kinsey, em 1973, a Associação Americana de Psiquiatria removeu a homossexualidade da lista de desordens mentais. O mesmo aconteceu com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que também passou a não considerar a homossexualidade como uma doença, a partir de 1986.
Para Kinsey, os seres humanos não se classificavam quanto à sexualidade em apenas duas categorias (heterossexual e homossexual) e por isso criou uma escala que classificava o ser humano quanto á sua orientação sexual:
0– Exclusivamente heterossexual
1- Predominantemente heterossexual, apenas eventualmente homossexual
1- Predominantemente heterossexual, apenas eventualmente homossexual
2- Predominantemente heterossexual, embora homossexual com frequência
3– Bissexual
4- Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência
4- Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência
5- Predominantemente homossexual, apenas eventualmente heterossexual
6- Exclusivamente homossexual
X- Assexual
X- Assexual
Estudos de Kinsey:
Sexo antes do casamento:
-Homens: 67% a 98%
-Mulheres: 50%
-Homens: 67% a 98%
-Mulheres: 50%
Sexo fora do casamento:
-Homens: 50 %
-Mulheres: 26%
-Homens: 50 %
-Mulheres: 26%
Masturbação:
-Homens: 92 %
-Mulheres: 62%
-Homens: 92 %
-Mulheres: 62%
Sexo oral:
-Homens: 10,0 % praticaram antes do casamento e 48,9 % praticaram no casamento.
-Mulheres: 19,1 % praticaram antes do casamento e 45,5 % praticaram após casamento.
-Homens: 10,0 % praticaram antes do casamento e 48,9 % praticaram no casamento.
-Mulheres: 19,1 % praticaram antes do casamento e 45,5 % praticaram após casamento.
Homossexualidade:
-Homens: 37 %
-Mulheres: 13 %
(10 % dos homens entre 16 e 55 anos foram considerados predominantemente homossexuais).
-Homens: 37 %
-Mulheres: 13 %
(10 % dos homens entre 16 e 55 anos foram considerados predominantemente homossexuais).
A polêmica dos estudos de Kinsey recaiu também sobre a sexualidade infantil. Obtendo depoimentos de pedófilos, Kinsey montou gráficos esquemáticos sobre a sexualidade das crianças:
-Com 11 meses uma bebê teria tido 10 orgasmos em uma hora
-Com 7 anos uma menina teria tido 3 orgasmos em uma hora
-Com 13 anos um menino poderia chegar a 19 orgasmos por hora
Filipa Rodrigues Oliveira 12ºA